Encontro sobre o Método Scienz

  1. Conhecer o pensamento humano Um dos grandes desafios do método tem a ver com fazer novas perguntas, e novas perguntas precisam de um estado um pouco mais seguro de coração para que o caminho não seja buscar resposta para a pergunta, ou seja: a solução

uma boa pergunta como: Será que tenho autoconsciência de que é minha percepção?

dentro de um estado emocional de medo, de alerta, de vulnerabilidade pode levar para sentimentos de culpa, de erro, autopunição, e fica num guru-guru tentando achar a saída, tentando encontrar a resposta certa

em geral quando estamos nesse estado de coração mais “agarrado” fica difícil olhar. Talvez a pesquisa, quando feita sozinha, seja mais “eficaz” olhando para situações simples, com menos carga emocional atrelada, usando pequenos momentos e situações do dia. Nossa tendência é só olhar para aquilo que nos incomoda, e essas são as mais difíceis, onde buscamos “resolver”

“Kick-off”

Estou aqui em casa.

No zoom escuto por uma orelha uma reunião sobre “Kick-off rematrícula” para discutir os processos de como vai ser feito a matrícula da escola.

tudo me parece tão complicado.

mas as pessoas querem fazer o processo simples.

“pq fica tão burocrático?”

e eu fui embora da reunião.

quer dizer…

ainda estou ouvindo.

mas resolvi ler os posts do diego, a poesia da mari, as anotações do lucas, conheci Alexia que tbm fez artes cênicas na Unicamp.

e deu vontade de escrever algo aqui…

mas não sabia o que escrever, mas achei bom dar um “kick-off” aqui.

pra eu começar a usar esse espaço para a pesquisa tbm.

O que queremos aqui?

Ontem eu percebi que não estava nem um pouco estimulada na leitura do texto, parece que como dispositivo disparador eles não têm sido tão interessante para mim.
O que me vem logo de início no encontro é um carinho pelas pessoas que aparecem nos quadrados. Sempre vejo se alguém está com uma cara alegre, ou mais caidinha, se mudou o corte de cabelo, se está em um local diferente. São as pessoas que estão ali que me move a estar ali. E elas estão sempre diferentes

penso que o espaço de acolhimento, de fala aberta, de afeto, seja um bom ponto de partida pra qualquer coisa na vida, pra um casamento, um trabalho, um projeto, uma amizade.
Desse estado de segurança e tranquilidade parece que cessa uma necessidade de ter que fazer algo, ao mesmo tempo que vai energizando a vontade de fazer algo.

Não precisando fazer algo para sustentar essa relação: “projetos” , mas paradoxalmente vem a vontade de realizar “projetos” juntos, saca?!

o que queremos fazer aqui?! Penso que gostaria de ver um filme juntos e falar sobre ele, ou ler algo de filosofia, enfim, outro disparadores talvez?

ouvindo o Diego, vejo que as reuniões pra ele acontecem em composição com toda uma vida acontecendo com aquelas pessoas: tem marmitaria, academia, casa pra dividir, há uma retroalimentação da pesquisa e pesquisa em prática

A formação do caráter pelo ScienZ

SCIENZ é uma abreviatura de Scientific Investigation of Essential Nature + Zero, que significa explorar/pesquisar cientificamente a essência, a partir do zero. Para que possam sentir com maior proximidade e familiaridade, também expressamos como “conhecer o ser humano  e viver a sua humanidade – a partir da sua essência”.

・ Para poder viver a sua humanidade – a partir da sua essência, é necessário pesquisar o que é a “humanidade”, isto é, investigar a essência do ser humano e “conhecer o ser humano”.

 ・ E assim, elucidando os fatores para que possa viver a sua humanidade – a partir da sua essência, tais como o ambiente social, a saúde mental, a satisfação material, etc.  elaborando o seu método de realização concreta, estamos levando isso a prática.

・ O mais importante deles é a saúde psíquica/mental, que se torna a base de todas as atividades da vida humana, como a política, a economia, a ciência e os estudos, a cultura e a arte, etc.

 ・ A saúde psíquica/mental é a consequência do crescimento saudável da inteligência  e da mente(coração), e chamamos isso de formação do caráter humano.

Pessoas com bastante conhecimentos e muitas experiências, com pensamento firme e força de vontade, ativo com resultados concretos, essas são consideradas como pessoas magníficas, de caráter, dentro da escala de valores desde antigamente.

Entretanto, as pessoas que teimam considerar os frutos obtidos com os seus próprios pensamentos e esforços, como correto / justo / legítimo, ou tentam empurrar os seus pensamentos, ou não conseguem se fundirem com outras pessoas que têm pensamentos diferentes, e assim ficam com raiva das coisas que pensam que são más. Mesmo sendo uma pessoas com muitos conhecimentos,  estando assim nesse estado, não podemos afirmar que são inteligentes, mais do que isso, penso que seja um estado de coração(mente) arrogante. Isto é, penso que não é possível afirmar que são mentalmente saudáveis.

Ao conhecer o ser humano através do método Scienz, vai sendo cultivado o caráter humano que consegue pensar mutuamente junto com outras pessoas, podendo  aceitar quaisquer tipo de pensamentos e sentimentos de qualquer outra pessoa, sem se apegar aos próprios pensamentos, sentimentos e emoções. O caráter aqui, significa a humanidade a partir da essência, o ser humano como ele é, que tem o “coração suave e humilde com a inteligência livre, ativa e clara.

No ScienZ, para a realização da humanidade a partir da sua essência, pensamos que o fator de maior importância, seja a formação do caráter, e para isso, está colocando o peso maior em “conhecer o ser humano”, como o tópico prioritário decisivo.

サイエンズによる人格形成

SCIENZ は、Scientific Investigation of Essential Nature + Zero の略で、ゼロから科学的に本質を探究するという意味です。これを身近に感じてもらうために「人間を知り 人間らしく生きる」とも表現しています。
・人間らしく生きるには、「人間らしく」とはどういうことか、つまり、人間の本質を探究し、「人間を知る」必要があります。
・そうして、人間らしく生きられる要素としての、社会環境、精神面の健康、物の豊満などを解明し、その実現方法を考案し実施しています。
・その中で最も重要なのは精神面の健康で、人間生活のすべて・政治・経済・学問・芸術・文化など、あらゆる活動のベースになるものです。
・精神面の健康は、知性と心の健全な成長によるもので、これを人格形成と呼んでいます。
知識や経験が豊富で、シッカリした考えや強い意志を持ち、行動力や実績のある人は、旧来の価値観では立派な人だとか人格者だとされることが多いでしょう。
しかし、自分の考えや努力して得た成果を正しいものだと固持する人は、自分の考えを通そうとしたり、異なる考えの人と溶け合えなかったり、悪いことだと思うことに腹を立てたりするでしょう。このような状態は、いかに知識人であっても、知性的とは言えませんし、傲慢な心の状態だと思います。つまり、精神面が健康であるとは言えないと思います。
サイエンズによって、人間を知ると、自分の考え(気持ちや感情)に執着することなく、誰のどんな考え(気持ちや感情)も受け容れ、人と共に考え合っていける人格が培われます。人格とは、「明るく自由活動的な知性と謙虚で温和な心」を持つ人間らしさです。
サイエンズでは、人間らしさの実現には、人格形成が最も重大な要素だと考え、そのための先決課題として「人間を知る」ことに重点をおいているのです。

Anotações

Pessoa => sentimento, pensamento => palavras

Percebo que no dia a dia meu foco pesa nas palavras da pessoa, e a partir dai tenho reações.

Acho que das palavras tenho uma pequena percepção da pessoa .

mesmo desejando segurança e estabilidade…

No encontro do zoom de ontem conversamos sobre o texto: Mesmo desejando segurança e estabilidade. Se desejo relações de amizade real, o quê faz com que surja conflitos, e as amizades ficam abaladas? Por quê nem sempre consigo expressar o desejo do meu coração para as pessoa que estou mais próxima, e que julgo ter uma relação de intimidade?

Se essa relação de amizade real, onde posso me sentir verdadeiramente segura, é o desejo do meu coração, por quê eu vivo desistindo dessa busca? Vivo me esquecendo que as outras pessoas também buscam o mesmo? O outro é sempre um bárbaro, distante, que vai chegar e vai trazer conflito, vai me provocar inseguranças. Então é melhor evitar. Ou quando não evito, e esse outro chega, é preciso doar tudo que tenho para ele, “forçando” um espaço de intimidade, me mostrando aberta, compreensiva, legal. Acho que nas relações que tenho mantido sempre perco um pouco de mim pra poder caber e me encaixar. Intimidade, segurança e confiança não se calcula assim. Ela acontece. Talvez a chave seja, onde está essa semente em mim que acha que é impossível uma relação humana verdadeira. Essa semente que vive criando um monte de caraminholas sobre como tal pessoa vai agir, essa semente que me gera inseguranças, que me faz aceitar essas relações mornas.

Há alguns meses atrás, quando lemos esse texto pela primeira vez, a Francy trouxe uma questão que retornou agora enquanto escrevo: Será que tenho esse espaço de segurança/confiança/intimidade comigo mesma?

Conversamos bastante sobre relações de trabalho e que envolvem trocas financeiras, onde a priori, já é dado um tipo de comportamento que precisamos ter, algo distante/frio para parecer e se enquadrar no “profissional”. Porque, afinal, se o contato for muito íntimo eu não vou conseguir cobrar tal serviço, então pra cobrar eu preciso estar distante. Mas isso não faz com que eu deixe de seguir o desejo de estabelecer um espaço de amizade real? E amizades reais não podem ter trocas de trabalho e serviço sem ter esse estresse sobre a questão financeira?

O texto fala que essas instabilidades nas relações humanas é a instabilidade de grupos e da sociedade como um todo. E que por mais que tenhamos ideias e ideais de como solucionar os problemas do mundo, essas instabilidades vão se repetir… E eu fiquei pensado se não é isso que estou fazendo, dedicando meu tempo e meu estudo em criar ideias e formas discursas de comportamento ao invés de olhar realmente pro que está acontecendo no meu coração e nas minhas relações. Por que perco tempo com estratégias que me desviam da verdadeira intenção do meu coração? Como se primeiro eu tivesse que mudar o mundo pra depois estabelecer relações autênticas.

O texto me revela que o caminho é outro. Mas essa semente ainda está em mim. Sinto que tenho buscado bastante esses espaços, principalmente agora com a minha família durante a quarentena, mas às vezes eu desisto por achar que as coisas e as pessoas são do jeito que são.

Escola – Brasil

Na frente da marmitaria tem uma escola brasileira. Abaixo tem uma foto de hoje de madrugada quando cheguei.

As vezes meus olhos nao veem essa bandeira, mas hoje nao sei porque entrou na vista.

Ha tres anos e meio quando cheguei aqui estava sempre pensando: nossa estou no japao; eu nao sou daqui; eu nao sei falar japones, etc. Com o passar do tempo eu nao penso que sou brasileiro, nem penso que sou japones, nem penso mais sobre isso. A lingua tambem eu me habituei a nao entender metade do que as pessoas falam e isso eh o normal.

Interessante como essas coisas mudam. No comeco tambem achava todas as japas feias, muito magras com os dentes mal cuidados. Depois de alguns meses de repente um dia acordei e achava elas todas bonitas.

Vivia sonhando com a oportunidade de comer um churrasco, ou um feijao, ou um pao de queijo. Outro dia a Ilana apareceu comendo um pao de queijo, eu brinquei que queria, mas nao eh uma vontade que vem forte e algo que tem que ser realizado de qualquer maneira.

Quando ouvia as historias do Lucio e outras pessoas que ficaram direto no japao por 5 ou 6 anos, achava uma coisa inimaginavel. Logo mais farao 4 anos que estou aqui e nao me parece nada de mais.

1 mes atras conversei com um amigo que morou junto na republica durante a faculdade. Foi a primeira vez que liguei para ele desde que vim, mas pareceu que tinha falado com ele no dia anterior.

No comeco foi sentimentalmente dificil estar aqui e pensei varias vezes se valeu a pena ter vindo, sempre me perguntava isso. Hoje olhando nao tenho a menor duvida. Isso nao serve muito de parametro porque quando olho para meu passado sempre acho qeu fiz boas escolhas mesmo quando a coisa nao foi boa, sou meio que agradecido por tudo que aconteceu.

Acho a vida interessante, mesmo ainda nao tendo vivido muito tempo, as indas e vindas, os encontros e reencontros, essa caminhada que nao da para saber direito onde vai dar.

Nem sei porque estou escrendo isso aqui, queria colocar essa foto e ao comecar a coisa foi rolando…

Osechi – Marmita de ano novo

Aqui a tradicao no final de ano, o que seria equivalente a nossa ceia de revellion, os japoneses chamam de Osechi. Parece que a versao original tinha a ideia de que a Mae fazia esse Osechi com alimentos que duram 3 a 4 dias fora da geladeira (no caso aqui eh o inverno). E o povo vai comendo durante a passagem de ano sem precisar se preocupar com cozinha.

Todos os anos vem se fazendo cerca de 200 kits desse aqui na marmitaria OfukuroSan da As One Community.

Hoje fizemos um kit para poder tirar as fotos e comecar a divulgacao. (hoje fizemos, mas eu na verdade nao fiz nada, so tirei a foto mas acabei me incluindo ai no conjugacao plural do verdo…)

uma gota cai no rio

Observo a imagem de um acontecimento recente, por exemplo

Me atento a suas formas, cores e nuances; tiro conclusões, reajo

Uma gota cai sobre a imagem e a deforma em círculos concêntricos

“Será que tenho consciência de que é a minha percepção”?

Essa pergunta cai como uma gota no meu pensamento

Desfaz o reflexo, revela a água – fluxo contínuo, puro acontecimento

Simples complicado

Complico para acessar o simples

Para pedir algo, dou muita volta.
Porque faço assim?

Sinto medo que sintam que eu sou “mão de vaca”.
Então abro mão de todo o meu leite e as vezes fico sem.

Meu primogênito e sua mulher querem sentir libertos seus corpos para satisfazer os desejos do corpo em relação a outros.

Ela me contou isso.
Me pergunto : será possível? E o ciúme e o risco da paixão?
Mas sem contar um para o outro o que está rolando.

Então ?
Parece a hipocrisia de sempre. !?!
Carrego comigo o trauma da minha irmã que morreu depois de abrir o casamento.

Parece simples. Abrir casamento parece complicado.
Sinto cheiro de – “não vai dar certo”

Minha nora passeia por aí, fazendo cursos presenciais em SP
Me sinto insegura, medo de pegar o vírus, e de pedir para ela me contar como é isso.

Porque ?

Minha vida vale menos que a dela?
Quero ficar com os netos.

Tenho que correr um risco ao ficar com os netos?
Receber seus beijinhos quando volta ?
Pegar covid ?