Hoje resolvi escrever

Acho que tem algo em mim que certos assuntos não são para tratar na roda de pesquisa. Se é sobre relacionamentos, sexo e coisas desse tipo eu não me sinto à vontade de colocar. Parece que tem algo que temos que fazer ali, que é a pesquisa, como se a pesquisa fosse algo fora de mim, algo genérico. E aí também penso nas pessoas que estão ali, o que elas querem? O que estamos buscando e queremos viver juntos? O que é que tenho definido como “pesquisa”? Pq tem coisas que são da vida e que me atravessam agora e é isso que tá vivo em mim, mas não posso colocar pq acho que vou me expor, ou colocar assuntos que não deveriam ser tratados ali. Tô desistindo dessas relações aqui?

Ontem no final da reunião eu consegui colocar um pouco que tava realmente sentindo. Me lembrei que no final do Conhecer a Sociedade eu coloquei também uma questão de um relacionamento que estava vivendo no texto final e aí depois pedi pro Alam pra retirar essa parte antes de postar. O que é isso que eu sinto que não pode ser dito e expresso?

Hoje refletindo sobre o que tava sentindo em relação a esse cara percebi o quanto vinham sentimentos negativos, “rejeição”, “frustração” e julgamentos ruins sobre mim e inventar suposições na cabeça e aí depois de sentir uma tristeza eu resolvi olhar pro que eu realmente queria e no final eu só queria receber uma mensagem dele. Lembrei da história que o Miguel contou sobre o Caetano querer a calça que está na máquina, e tudo bem querer ter a calça e essa vontade ser escutada, mesmo não podendo tê-la. Tudo bem aceitar que quero receber a mensagem, mas isso não quer dizer que vou ter a mensagem. Veio uma leveza, sair desse lugar do que eu quero, ter que acontecer, para só me ouvir e aceitar o que quero.

emoções negativas

se elas surgem automaticamente,
é possível eliminá-las?
parece difícil . . .

ok, mas posso olhar com carinho esse eu
de onde surgem estas negatividades:
como um avô olhando o neto . . .

ok, mas posso deixar de ficar segurando.
relaxando os músculos, abrindo a mão . . .

ok, vamo lá . . .

céu de minas