O que me chega pelo filho:
“Minha mulher se encantou por outra pessoa e quer separar.”
Eu sinto medo, insegurança.
Penso em como vai ser a logística com os filhos, de 3 e 4 anos.
Ajo, chamando o filho para conversa.
Filho expressa: ” gostaria de viver não monogâmicamente. Gosto dela e se ela quer transar com outro até topo mas TB serei livre”.
Eu senti medo, receio de que aconteçam coisas ruins.
Pensei isso não vai dar certo. Me lembrei da minha irmã, que na década de 70 depois de concordar com o parceiro em abrir relacionamento, num dia chegou em casa e topou com bolsa e sapatos de outra mulher do lado de fora da porta trancada do seu quarto. Deu tilt. Depressão. Acabou com a morte dela.
Eu pensei : na prática a teoria é outra.
Sentir autonomia e liberdade com o próprio corpo é um desejo dela. Também foi um meu.
Pensei nas consequências…
No meu passado..
queria testar meus poderes de sedução. Com as minhas carências, discerni mal. Passei uns perrengues…
Como Vivi vó, desejo proteger meus netos.
Como sogra…um julgamento : ela só pensa nela mesma.
Como mãe…a esperança e o desejo que o filho cresça sem muito sofrimento e desista da ideia de morar comigo. Se ele morar aqui, quando for a vez dele ficar com as crianças ,( todas as tardes, até a noite) eu estarei junto. Temo pela qualidade do meu vínculo com as crianças.
A obrigatoriedade de estar com elas… não é meu papel …sou vó. Já criei os meus.
Suposições. Muitas. Tantas suposições.