Atrair, trair… suposições

O que me chega pelo filho:
“Minha mulher se encantou por outra pessoa e quer separar.”
Eu sinto medo, insegurança.
Penso em como vai ser a logística com os filhos, de 3 e 4 anos.
Ajo, chamando o filho para conversa.

Filho expressa: ” gostaria de viver não monogâmicamente. Gosto dela e se ela quer transar com outro até topo mas TB serei livre”.
Eu senti medo, receio de que aconteçam coisas ruins.
Pensei isso não vai dar certo. Me lembrei da minha irmã, que na década de 70 depois de concordar com o parceiro em abrir relacionamento, num dia chegou em casa e topou com bolsa e sapatos de outra mulher do lado de fora da porta trancada do seu quarto. Deu tilt. Depressão. Acabou com a morte dela.
Eu pensei : na prática a teoria é outra.
Sentir autonomia e liberdade com o próprio corpo é um desejo dela. Também foi um meu.
Pensei nas consequências…
No meu passado..
queria testar meus poderes de sedução. Com as minhas carências, discerni mal. Passei uns perrengues…
Como Vivi vó, desejo proteger meus netos.
Como sogra…um julgamento : ela só pensa nela mesma.
Como mãe…a esperança e o desejo que o filho cresça sem muito sofrimento e desista da ideia de morar comigo. Se ele morar aqui, quando for a vez dele ficar com as crianças ,( todas as tardes, até a noite) eu estarei junto. Temo pela qualidade do meu vínculo com as crianças.

A obrigatoriedade de estar com elas… não é meu papel …sou vó. Já criei os meus.
Suposições. Muitas. Tantas suposições.

Check Up 33

Hoje de manhã eu comecei preparando uns hambúrgueres na marmitaria. Estava pensando algo como hoje estou com sono, cansado.


Alguma hora a JonIn veio e disse: hoje tô podre, quero ir embora. Daí começamos a conversar sobre isso.


Eu tive vontade que ela continuasse ali, ao ir fazendo acho que o sentimento dela poderia mudar. Então falei isso a ela.


Ela fez junto comigo a limpeza da sala e depois foi fazer outro trampo.


Ai eu pensei: ué, cadê aquele meu cansaço?


Enquanto estava pensando no meu estado meu pensamento ficou preso ali, mas ao tentar pensar sobre o caso da JonIn minha cabeça começou a funcionar de novo e a coisa seguiu em frente.


Outra conversa

A Shinko san me disse que recebeu um pedido de um cliente que não come carne de porco. Então todo dia durante duas semanas precisaria ver na marmita onde tem carne de porco e retirar os pedaços de carne. Eu falei não quero fazer isso não. Mas eu fiquei pensando sobre isso e quis conversa com o Yosshi sobre isso depois na reunião.


Ao conversar com ele, ele disse que não precisaria tirar os pedacinhos, bastava não colocar na marmita as refeições que tem carne.

Mesmo assim achei trabalhoso ficar pensando todo dia sobre isso e disse que mesmo nesse caso ainda não tenho vontade de fazer.


Daí ele disse que ele quer atender essa pessoa, ele se encarrega de conferir o que entra ou não na marmita e eu ficaria com o trabalho de fazer isso dentro da área de produção (área higienizada).


Eu disse que se for assim eu tenho vontade de fazer.

Dentro desta conversa ao ouvir a vontade dele de corresponder aquela pessoa surge em mim o sentimento de corresponder também, a gente conversou até uma maneira que eu consegui corresponder sem precisar me forçar a fazer algo além do que  estou afim, para mim foi uma conversa satisfatória. Como será que foi para ele?