PSE 4 – 2 -[25/08/2020]

Ontem eu queria ter pesquisado esse exemplo na reunião, mas como não deu tempo vou tentar escrever aqui.


Estou planejando a reforma da sala de preparo das verduras na marmitaria, pensando o lugar das geladeiras, comprar uma pia nova, arrumar a questão da eletricidade, etc.


Ontem tinha planejado de mover as geladeiras, mas logo de manhã o UshimaruSan e o Takemichi disseram que na verdade a  questão da higiene não estava muito clara então a gente precisaria conversar mais antes de fazer a mudança.


Ao ouvir aquilo me deu meio que uma tristeza, essa reação é uma que eu queria ter pesquisado na reunião.


Na hora passou a vontade de fazer as coisas. Logo de manhã eu estava animado ao olhar as salas e as geladeiras e ficar imaginando a nova disposição, de repente não poderia mais fazer aquilo.


Algumas horas depois dessa cena de manhã eu vi o UshimaruSan entrando na cozinha sem o chapéu de proteção e falei para ele: UshimaruSan, ou não entra aí sem chapéu. Daí ele me falou algo como: se não posso entrar aqui em chapeu, quem dirá colocar a geladeira onde você queria.


Nao sei ao certo como foi a reação dentro dele, mas senti que ele tomou minhas palavras como um ataque de vingança em relação a cena da manhã. 


Dentro de mim surgiu um sentimento muito forte de querer falar para ele: eu não estou te atacando.


Eu queria pesquisar o que eh esse Eu que quer falar isso para ele, o que foi essa reação?
Por alguns minutos continuou dentro de mim esse sentimento muito forte de querer falar para ele que nao estava atacando ele, que está tudo bem.


O que serah, serah que penso que a relação vai ficar ruim? Serah que eu penso que é minha responsabilidade ele ter se sentido atacado e isso eh uma coisa que nao devo fazer? Eu não posso fazer os outros terem sentimentos ruins? O que serah que foi essa reação?


Ao ver ele de manhã entrando sem o chapéu na cozinha, logo depois do sentimento de querer falar para ele para não entrar veio um sentimento interno dizendo para mim evitar essa fala por que ele poderia tomar uma vingança pela cena da manhã. Mas mesmo assim eu resolvi falar na hora.


Que estado será esse?

impressões sobre a reunião de 21 agosto

A partir da leitura do capítulo 6.

Se é uma intimidade ( proximidade) condicional…

vieram na minha cabeça:

é muito difícil se manter relações de amizade, coração aberto, livre, com pessoas quando estamos envolvidos num empreendimento comum, na sociedade.

amigos amigos, negócios à parte

ah! de cara sei que não vai dar certo…porque eu sou assim, assado e a outra pessoa é assada ou assim…

com família é mais fácil ser natural?

ser natural abre espaço para relacionamentos seguros, de confiança.

como a comunicação dos desejos é importante para não entrarmos na cilada do julgamento e nos evadir de : como é aqui dentro.

os acordos e os desacordos entre os membros de um grupo podem derivar da consonãncia / dissonãncia dos objetivos de cada um e da expressão ou falta de expressão dos desejos, intenções, esforços, comparações entre eles.

a amizade entre pessoas que tem um objetivo comum e trabalham juntos pode acabar se o negócio não der certo, se não se falar abertamente do que se sente no coração e em grande parte se culparmos o outro(s) pelo insucesso do projeto.

quando tem grana na história… o compromisso com o “dar certo” é tenso

a relação de amor dos avós com os netos pode ser chamada de incondicional

cada um sabe da dor e alegria de ser o que é. Ou não.

eu sei que pude chorar a dor de me sentir vítima. eu sei que posso chorar a dor de ser responsável. Eu sei que posso rir de mim mesma quando estou livre de auto-cobranças, de comparações, de expectativas . Livre de padrões, patrões e respostas ” certas”

dessa forma me relaciono com mais naturalidade e rio da vida que eu levo nadando, fazendo nada. (coisa de aposentada ), que às vezes me pega…porque…eu tenho…pa pa pá…pápapá… as cobranças.

na conversa, as lembranças, os insights vem como quase sempre vem. meio automáticas. Mas quando um fala, o outro fala, eu me calo, eu sinto e penso como seria na verdade. Como é comigo aqui dentro.

me vem adjetivos me qualificando ou desqualificando…sempre nessa puta dualidade

nada muda, eu falo, falo. Bobagens. Opinagens, Eurekagens. Viviagens.

Aceito. tudo muda . O rio e o navegante.

conversamos sobre

PSE 4 – 1 – [24/08/2020]

PSE – Pratice to make ScienZ everyday – eh uma reunião que acontece duas vezes por semana para o pessoal da academia poder pesquisar seu estado no dia a dia. Eh a quarta rodada que começou essa semana.


Hoje no PSE eu pesquisei uma reação minha sobre um exemplo onde eu errei a receita do tamagoyaki.


Vou escrever aqui umas coisas que pensei depois do PSE.


Acho que eu penso que eu não posso fracassar/errar. Principalmente agora que eu faço parte do grupo de administração da marmita esse pensamento parece ficar mais forte.


Quando eu percebi que tinha errado, primeiro veio uma reação de medo, querer me proteger. Depois  veio um sentimento meio pesado (fracasso/erro), o que será que foi essa reação?


Acho que estou pensando que eu não posso errar de nenhuma maneira, tem que fazer tudo bem feito…

a fala

a fala é a fala
não é a pessoa em si
por trás da fala exite “a pessoa em si” ( coisa em si)
dentro da pessoa está o coração original

a reação automática acontece em relação a fala
o auscultar que vem da auto consciência(a atenção) vai para …

Eu estou reagindo ao quê?

Pegando onda com o pessoal que fez o Curso para conhecer a si, fiquei esses dias mais observadora das minhas reações, acabei anotando várias. A pergunta sobre “ao quê dentro de mim que eu estava reagindo?” está lá, vou pensar com calma.

Levantei cedo e mais tarde fiquei com sono novamente. Voltei para a cama, os pensamentos indo e vindo enquanto eu quase dormo.Aí apareceu: “Preciso falar com André sobre o  reembolso da minha passagem.”  E acabou a calma sensação de logo pegar o sono. Sinto algo um pouco agitado dentro de mim.
Penso: “Como o convenço a pagar?””Quais argumentos…?”Eu estava reagindo ao quê?

Eu uso um relógio de pulso, um modelo velho daqueles relógios digitais que eu acho feinho mas prático e com uma pulseira metálica que eu gosto.Hoje terá uma reunião com uma galera de jovens amigos de alguns participantes dos cursos da Escola ScienZ aqui na Suíça. Ouvi dizer que são pessoas que têm muita experiência com técnicas como “Espelhar” ou “Fórum”. Eu estou me sentindo levemente tensa sobre o que eles vão pensar de mim. Pensei em não usar o relógio pois vão pensar que sou uma pessoa brega. Eu estou reagindo ao quê?

Eu: Ono, se Andre te leva de carro para o aeroporto, vc vai sair na mesma hora como se vc fosse pegar o trem, as 9 hrs.Ono: É, mas se for de trem, ainda é um pouquinho mais cedo.Eu sinto um claro enrosco dentro de mim.Penso: Esse cara insiste por causa de 5 minutinhos, ele sempre tem que ter razão.Sentimento de julgar, repreender, criticar o Ono.Eu estou reagindo ao quê?


Eu: Nossa, Andre, aqui tem ferramentas para tudo!Andre: É que nos aqui não temos como bancar um monte de funcionários como vcs  aí no Brasil, temos que nós mesmos fazer as coisas.Eu sinto um claro enrosco dentro de mim.Penso que ele acha que nós somos ricos e folgados.Fico toda atrapalhada, não sei mais o que falar.Sentimento que o Andre faz me sentir mal.Eu estou reagindo ao quê?

Compartilhei um vídeo com a minha família sobre um trem suspenso na Alemanha, uma construção que achei interessante.O Fe comenta:  “parece um tanto superdimensionado”.Penso: Moleque, vc não sabe nada sobre a coisa e tá falando como se soubesse.Sentimento de julgar, de reeprender, de criticar o Fe.Eu estou reagindo ao quê?

Eu estou passando aspirador na casa onde eu fico atualmente.Não tem tomada perto e fico puxando o cabo até não sair mais.Depois de terminar percebo umas marcações no cabo, fitas amarelas e vermelhas.Penso: Putz, será que essas marcações significam algo? Tipo “não puxar além dessa marca”? Será que fiz algo ruim?Sinto apreensão, quero esconder.Estou reagindo ao quê?

Estou tentando colocar o cabo de volta, apertando o botão, mas o cabo não entra dessa forma automática, nem tentando enfiar para dentro na mão.Penso: Realmente puxei demais…estou frita. Estou com um problema. A sensação é de medo de ter que falar que eu fiz merda.Tento ver se consigo fazer alguma coisa para consertar, mas não acho nada no momento.

Quando eu guardo o aspirador, percebo que eu tento esconder o cabo atrás do aspirador para o pessoal da casa não ver.Fico pensando no porque eu estou fazendo isso? Estou reagindo ao quê?

Estou conversando com Ono e Hans.
Hans fala: Como fala PSEUDO em japonês?Eu: Hm, não sei, peraí, talvez…Ele: Vc teria que saber essas palavras já que vc está traduzindo.Sinto algo estranho.Orelha puxada. Tipo: Sim, eu sei, eu não estou sendo boa o suficiente, me desculpa.Depois contra-ataque dentro de mim: Mas vc também não é exatamente um gênio.Estou reagindo ao quê?

Antes e depois do estagio como Zelador do Seminario em Julho

18 07 2020 – O video da academia
Essa semana saiu o vídeo da academia onde eu apareço. Ao assistir o vídeo me veio uma reflexão sobre o tempo que estou aqui, as coisas que aprendi, o quão grande foi tudo isso dentro da minha vida. 
Quero que outras pessoas tenham a mesma oportunidade que eu tive.
Vou participar do seminário a partir de amanhã levando esse sentimento..

25 07 2020 – Estágio como zelador do seminário
É a terceira vez aqui como estagiário no seminário as one, foi a primeira vez que puxei alguns temas.
Eu pensei agora em pesquisar tal tema, por favor escrevam no quadro.
Depois de cada um apresentar e ouvir a conversa um dos outros teve algo que pensou?
Todo mundo fala o que pensou. Depois dessa rodada olhei para o relógio e ainda tinha uma hora para essa rodada de pesquisa.
Ai eu pensei: e agora que que eh para fazer mesmo?? 
O Koichi San estava la, eu pensei que poderia deixar para ele puxar e tocar o seminário, mas isso me serviria para aprender alguma coisa? Então eu tentei fazer o que dava para fazer como zelador a partir do eu agora. 
O que eu pensei eh que uma dos trabalhos do zelador eh conseguir realizar o clima do Encontro As One e dai pesquisar a partir do zero com as pessoas que estão ali: como será na verdade?
O quanto que o eu consegue pesquisar a partir do Zero como será na verdade?
Com certeza tem isso durante os encontros, mas também no dia a dia, quanto eu vivo com este ponto de vista? Quanto que eu consigo usar o método ScienZ?
Ao olhar o Koichi fazer vou percebendo as maneiras de falar, os jeitos de avançar com os conteúdos, mas alem disso como será o estado de coração do Koichi? O quanto ele está seguro e sendo ele mesmo? Se ele está pesquisando a partir do Zero. Observar isso foi muito interessante.
Acho que tem também o papel do zelador nos momentos alem do encontro de pesquisa dos temas. Acho que tem o ponto de vista de ir olhando os participantes e tentando ver o quanto eles estão se sentindo seguros e podendo aproveitar o conteúdo, mas acho que no final da semana minha consciência sobre isso foi ficando fraca.
Tinham três participantes de 20 e poucos anos que iam todos os intervalos fumar cigarro la fora da casa. Ao longo da semana foi ficando divertido estar com eles e acabei entrando para o grupo deles. No sexto dia o Takki me chamou para ir caminhar, mas naquela hora eu quis ficar com eles conversando e fumando. Depois eu pensei que teria sido legal ter ido naquele momento passear com o Takki a dois.
Acho que naquela hora tinha uma vontade de ouvir a conversa deles, mas talvez não só isso. Eh um estado de coração que faz apenas o que pensa que quer fazer.
Posso fazer varias coisas, tudo bem não fazer varias outras coisas, mas afinal o que será que estava fazendo la como zelador?
Uma impressão que ficou das outras vezes foi de ouvir o Hiroya que falou algo como: a tanto que se conhece a respeito do seminário eh o tanto que ele se realiza. Com todos os elementos que tem no seminário, o que esta tentando se fazer em uma semana, qual seu objetivo?
Senti algo diferente neste aspecto em relação as outras vezes que participei como zelador. 

Encontro de ontem (20/08)

Noite de chuva… prosa boa com os amigos! Reflexões, vivências… visitas ao próprio coração e ao coração do outro. Como me faz bem esse lugar de poder ouvir e falar sem medos, sem julgamentos… só confiança e aprendizado!

Reagindo ao blog da Mari

Ao ler o blog da Mari falando que estava difícil de me ouvir a primeira coisa que veio foi na cabeça foi: melhor eu falar menos no encontro.

De alguma maneira quando comecei a participar da outra vez tinha na cabeça uma preocupação do tipo “se eu ficar falando muito o pessoal vai achar que estou me exibindo, vão pensar que estou me achando por estar no Japão”, tem um sentimento de não querer ser visto como uma pessoa assim. 

Mas percebi que estes pensamentos vieram mas não queria me atrapalhar por isso, quero participar falando as coisas da maneira que elas vem, estou tentando fazer assim. Mas achei legal que ao ver o blog da Mari a cabeça reage assim. 

Ao ler também fiquei com vontade de que ela falasse isso que pensou ainda no encontro, acho que seria legal conversar abertamente sobre esse tipo de coisas 🙂

Uma observação hoje

Eu ouvi o Hans conversando com Ono. O Hans falou meio para ele mesmo: “Como se fala mesmo “garçom” em japonês?”

Eu ouvi isso e queria sumir.

Senti um medo muito grande de o Hans se virar, olhar para mim e perguntar “como se fala “garçom” em japonês?”

Pois eu não sei.

Enquanto eu estava sentada lá, implorando para o Universo de o Hans me ignorar, tentei encontrar a palavra, só achei na minha cabeça o inglês “waiter”, fiquei um pouco mais calma por ter pelo mesmo alguma coisa para falar se ele fosse perguntar, de não ter que falar “Eu não sei”, mas junto ainda veio o medo de o Hans rir de mim e falar “Isso não é japonês, vc não sabe?”

Eu estava reagindo ao quê? De onde vem esse medo de ser “desmascarada”?