Como foi fazer ontem?
Depois que lemos o texto, não veio nada na minha cabeça para falar; mas ao ouvir algumas pessoas, muitas ideais foram pipocando. Ainda identifico em mim a vontade de teorizar, mesmo que provisoriamente (para depois repensar). E fico satisfeita quando acho que consegui expressar mais ou menos como pensei.
Senti bloqueio para ouvir o Diego. Algo do tipo “lá vem o expert”. Acho que é inveja por ele estar em Suzuka e estar fluente em japonês.
Depois da reunião, fui jantar e o Rafael quis conversar sobre quebrar o isolamento para jogar futebol. Esse é um tema delicado aqui em casa, porque já deu muitas brigas. Não queria conversar comprido, porque ainda queria fazer mais uma coisa antes de dormir e não dormir muito tarde. Estou participando de um grupo de meditação guiada e costumo fazer antes de dormir. Quando fui fazer, tive muito sono e fiquei irritada com o Rafael por ter “tomado” meu tempo.
O meu planejamento (que tá na cabeça) estava mais importante: minha expectativa de como deveria ser, mais importante do que o que está sendo. Me sinto segura realizando o meu planejamento. Mas no fim das contas, realizar a expectativa é sempre o melhor? Penso que a expectativa é o querer repetir o que foi bom, ou seja, buscar a permanência, evitar a mudança.
Na hora da meditação, coloco no celular para ouvir as instruções, mas não tenho fone que encaixa no celular. Então pensei que o Pedro ia ouvir os jargões da nova era e me zoar depois por ser mística. Fiquei querendo controlar isso, deixando o som bem baixinho. Estou gostando de fazer essa meditação… por que quero esconder? Tenho medo de rejeição. O Pedro não vai querer morar com alguém muito alternativo, então ele vai querer que eu me mude ou vai querer se mudar. E mais uma vez a questão da mudança e eu querendo evitar a mudança.