Check Up 8

Ontem a hora que terminou a reunião de como foi fazer da marmitaria, eu queria conversar sobre a recepção da Kayo com o NakaiSan, então eu pedi para ela sair da sala, mas em seguida o Nakaisan disse para ela: pode ficar ai de boas.


Naquela hora eu não disse o porque que eu queria que ela saísse da sala. Fiquei perdido se falo ou nao falo. Acho que teve vários conteúdos que me levaram a ficar neste estado perdido, mas por fim eu fiquei sem falar nada deles só tentando resolver dentro de mim mesmo.


Um dos conteúdos que me chamou a atenção é que como o Nakai San falou que tudo bem ela ficar, parece que tem algo dentro de mim dizendo que a palavra final é dele, meio que um estado de obediência/resignação meu. 


De manhã eu li o blog da Kayo que falava como foi para ela na mesma cena. Ao ler eu reagi como se ela estivesse me chamando de uma pessoa chata, nao agradavel. Percebo que até agora na verdade eu nao li direito o que ela escreveu então quando acabar de escrever aqui vou lá reler.


Agora a pouco eu fui com o YoshidaSan na piscina fazer exercício. Fazia tempo que eu não mexia o corpo. O Yoshidasan eh um velhinho muito daora aqui e foi bem gostoso ir com ele lá. Na volta eu fui comer no refeitório e fiquei conversando com a Hegnumi enquanto ela me serviu um arroz quentinho, tava bão ein.

ideal de sociedade

um ideal, de sociedade
um ideal, das conexões de pessoas com pessoas
um ideal, (imperceptível) que já existe dentro de si
algo que todos e qualquer um já tem, já sabem

a não ser que haja fixações,
pensamentos fixos (e emocionais): – eu sou assim, eu era assim. . .
encobrindo

Check Up 7

Hoje fizemos a recepção da Kayo chan na marmitaria, achei que foi uma recepção dessintonizada por parte da equipe.


Durante a reuniao de pesquisa pensamos como iamos fazer a recepção, mas na hora de falar isso para a Yoshikosan ela falou que queria fazer de tal jeito e eu cedi a maneira dela.


Durante a reunião de recepção com a Kayo eu disse amanhã vamos fazer assim e assado, mas depois veio uma mensagem da Yoshiko dizendo que conversou com o Nakai San e na verdade queria fazer a recepção da maneira que pensamos originalmente. Então eu falei para a Kayo o novo plano.


Hoje estava pensando de ela fazer de manhã até as 10hs da manhã, mas ao ela ir conversando com a Yoshiko San e Ushimaru San acabou fazendo ateh a hora do almoço e depois continuou fazendo agora a tarde o trabalho.


Que puta falta de sintonia nossa.


Enquanto o dia rolava e eu ia vendo a coisa desandar me dava vontade de colocar a culpa na YoshikoSan. Mas na verdade minha autonomia e clareza foram bem fracas.


Querer colocar a culpa nos outros é em si um sintoma de um estado de falta de autonomia minha neh.


Deixando de lado essa conversa sobre o local de trabalho de pessoas estranhas entre si eu fico feliz de estar com a Kayo e o Milton aqui na marmitaria.

Essa foto eh da reunião de como foi fazer hoje. 

Check Up 6

Hoje uma reunião que tive estava contando como está sendo fazer a reunião de check up da saúde.

Uma hora o Ono san falou até o Yoshi está falando bastante de seus exemplos, então eu ouvi isso e respondi: pode crer, em relação a antes ele está falando bastante.


Depois pensando qual foi o conteúdo da minha fala, foi algo como: esse cara nao ta eh falando nada ainda.


Foi uma reação de sentimento ruim em relação a ele, olhando ele como uma pessoa errada.

Desconfiar

  • vc tem algum dinheiro que eu tô sem?
    eu
    Sim. Algum. Pega lá na minha bolsa
    Ele foi pegar. Enquanto isso eu pensei:
    Ué … mas eu achava que ele tinha…
    Quando voltou ele disse: eu tinha .
    Eu:
    Sim, eu lembrava que vc tinha.
    Só que na hora que ele perguntou eu fiquei quieta e pensei: onde é que ele gastou?
    Pensei mas não falei. Me senti envergonhada de desconfiar.

Novidades do Japão

Vou copiar do Diego e mandar umas atualizações do Fe no Japão também.

Sábado passado foi meu último dia na marmitaria, por enquanto. Amanhã vou começar a ir na Suzuka Farm, onde o Leo também tá agora. Tive uma reunião-recepção hoje, pra colocar um pouco em linha o que ter em mente e pra onde seguir nesse novo ambiente.
Um ponto que me marcou na conversa foi sobre me tornar um homem. Uma pessoa. 一人前 (ichininmae), em japonês.
Acho que não é no sentido de “vira macho”. Escrevendo isso em português surge um sentimento de querer me proteger, querer explicar que não é uma expressão com cunho sexista e tals. Heh, rola um medo.
Deixando isso de lado, é me tornar alguém que consegue fazer um trabalho, alguém que se pode falar “deixo contigo” e eu respondo, “xá comigo”. Não por ser veloz, ágil, prático, eficiente. Acho que é no sentido de ser alguém que consegue se mover fazendo parte de um todo, tendo em mente como realizar o trampo como algo que tá ligado com o redor, não como só um serviço a ser feito.
Tipo enxergar o como colher as verduras não apenas pra terminar a colheita, mas tendo em mente o que vem antes, o que vem depois, quem tá ligado a isso, quem vai receber isso… Sei lá, é o que to achando agora e pode não ter nada a ver também.

Essa semana fui no Curso para Conhecer a Si, acho que é a 5ª vez. Os primeiros 5 dias foram, sinceramente, bem bosta. Mas aí olhei e pensei: pera, não sou eu que to vendo como bem bosta? Fiquei deixando os pensamentos só pra mim, sem botar na roda por achar que “não tá certo, não é a resposta, o grupo tá muito chato”. Aí conversei com o Takuki depois do almoço do 5º dia e deu um clique, não rola pesquisa pensando só consigo, ou melhor, pensando antes de falar. Daí pra frente fui tentando ir botando o que vinha em mente do jeito que vinha, sem pensar ou camuflar, ficou bem mais divertido e fomos indo mais fundo.

Um dos temas no Conhecer a Si é aquele “algo que não consigo fazer, ou que não consigo parar de fazer”. O exemplo pra mim foi “fazer as coisas, divertidamente, do jeito que o Gou-san (um tio lá da marmitaria) fala pra fazer”. Fiquei duro igual pedra imaginando fazer as coisas do jeito que ele fala, porque sempre acho o meu jeito melhor.
O exemplo foi esse, mas acho que tem algo muito maior dentro de mim de que “o meu jeito é melhor, é o certo”. Depende de coisa pra coisa, mas geralmente tenho uma baita segurança de que a minha percepção sobre o assunto é a certa e não consigo ouvir o que os outros pensam sobre aquilo. E não é só sobre como colocar a comida na marmita, é sobre a vida como um todo.
Quando eu era menor, tive umas vezes que pensei “o mundo inteiro podia ser Felix, aff”. Parece que esse estado continua um tanto quanto presente aqui.
Fiquei pensando, não estou vivendo de acordo com só a minha percepção das coisas? Tem gente com uma visão muito mais ampla, com muita vida vivida ao redor, pra eu ficar só fazendo as coisas do “meu jeito”. Agora, começando na Farm, como será que vou viver?

O que é o que?

Querer ser diferente. Querer que as coisas sejam diferentes
Estou cansada de cozinhar para três pessoas todos os dias.
No dia em que os netos vem…eu adoro mas é um trabalho para arranjar tudo no dia anterior, brincadeiradas no dia e arrumar tudo no dia seguinte.
Quem faz o que ?
Quem gosta do que ?
Quem cozinha ?
Quem lava a louça ?
Hj tô de saco cheio
Mas quando perguntaram como eu estava me sentindo, porque a cara não enganava, respondi que estava cansada mas eu estava era chateada.
Ou melhor triste por não sentir reconhecimento do meu trabalho.
Vítima

Agora,
Pensando melhor…fico me ocupando em servir (o que eu gosto e sei que agrado)
para não ter tempo livre para me ocupar de mim
Desenhar, pintar, brincar…
Essas outras minhas artes que eu gosto, podem desagradar aos outros (o que eu não gosto e temo)

Então eu propus alternativas para as funções da alimentação e limpeza da cozinha. E toparam e sugeriram algumas.

Fiquei mais leve.
As relações mais claras.
Quanto ao meu lazer, hum,
ainda não sei …

Continuar pesquisando

casar: azar x casa asa e ar

A crise dos 30 chegou adiantada aqui!

Sempre pensei que o casamento fosse uma fatalidade na vida das pessoas, no sentido ruim mesmo, como se fosse um azar.

Agora estou achando que casar pode ser fonte de segurança e estabilidade.

Acho que segurança e estabilidade eram conceitos que eu relacionava com prisão, não como algo fundamental e gostoso de sentir.

Em relação à faculdade, quando entrei no ano passado pensei “5 anos é muita coisa”. Me sentia angustiada com todo esse tempo de “espera” até me formar. Agora estou feliz que dura tudo isso, porque quero aproveitar cada ano. Também em relação aos meus colegas, que não estou podendo encontrar pessoalmente nesse período, fico empolgada quando penso que ainda temos muitos anos de aulas e estágios para fazermos juntos.

Conseguir projetar um período um pouco mais longo, no qual me vejo fazendo mais ou menos a mesma coisa, começa a ser algo reconfortante pra mim e não mais assustador.

Essa semana me peguei pensando bastante sobre ter uma família e se o fato deu morar com o Pedro e o Rafael me aproxima ou distancia dessa possibilidade. Ainda não cheguei numa conclusão, mas hoje consegui expressar pra eles essas minhas inquietações e me senti ouvida de coração para coração.

Eu não quero viver um dia de cada vez, como se fossem coleções de experiências desconexas acumuladas; eu quero viver o futuro em gérmen desde o presente, assim como a semente que vai dar em árvore já é a árvore, desde a semente.

Isso que é ficar velha?

Check Up 5

1.Ao ver o Yamachan saindo da sala de montagens e indo em direcao a sala de preparo das entregas fui conversar com o Yoshi (cuida das entregas).

Ao rever meu estado naquela hora percebo que eu estou vendo como: a montagem é coisa do Diego. A entrega eh coisa do Yoshi. Coisas separadas.


Se a montagem for tudo bem ok, não tem relação com a entrega.


Se não houver entregas, vou fazer o que com as marmitas prontas?


Acho que uma pessoa normal vai usar a inteligência para que as marmitas prontas sejam comidas pelas pessoas.


2. Durante a reuniao sobre higiene hoje, meu estado era de insatisfacao. O que estamos conversando vai dar trabalho. Vai ficar dificil de fazer.

O Yoshi fala assim por que ele nao vai fazer por ele mesmo. O Nakaisan nao me ouve.


Durante a reuniao eu perguntei para mim mesmo: e ai Diego vc quer que as pessoas sejam contaminadas? Eu nao, quero que as pessoas possam ficar tranquilas para comer essas marmitas.


Ao falar desse exemplo na reuniao percebo que o Eu nao quer aceitar esse eu nesse estado de insatisfacao.


Da ultima vez no Naikan lembro do Ikawa san falar algo como: se puder olhar o eu e as coisas que estao acontecendo simplesmente da maneira que sao, ja vaiser divertido, ja serah um estado saudavel. Eu acho que faz muito sentido isso.


Falando desse sentimento de insatisfacao, teve algo que percebi hoje ao tomar banho.
Acho que desde muitos anos atras tenho um sentimento de insatisfacao em relacao ao meu corpo.


Aquele lugar eu nao gosto, esse lugar aqui nao eh bom.


Faz tanto tempo que esses pensamentos habitam em mim que isso virou normal.


Nem reajo emocionalmente em relacao a isso, simplesmente vejo esse corpo como um corpo ruim.


Quanto de coisas que no dia a dia vejo como ruim (sentimento de insatisfacao) sem perceber que estou vendo assim?


Qual serah a influencia dessa maneira de ver no estado de coracao?


Como serah poder ver tudo apenas da maneira como eh?

algo tá enroscado aqui

Algo ficou enroscado aqui desde da ultima reunião.

e eu passei o dia todo com uma sensação de como se algo estivesse beliscando meu coração.

não machuca, mas incomoda.

tava com vontade de conversar com o Diego, mas ao mesmo tempo fiquei com preguiça

então vim pro blog ler alguns posts…

li a estréia do Axell, algumas coisas traduzidas do japão e fiquei lendo os posts do Diego.

agora pouco ele me mandou mensagem no whats dizendo que sonhou que estava brincando com o Caetano.

respondi com “HAUHUAHAUHA” e disse que algo tinha ficado enroscado…

como ele ainda não visualizou, vim escrever um pouco aqui…

o que eu estava procurando ao ir ler os posts?

acho que queria sentir algo quentinho,

ler o que as pessoas escrevem delas mesmas me dá esse quentinho.

acho que queria de certa forma me sentir acolhido, pra conseguir olhar esse incomodo sem medo.

eu não to afim de fazer isso sozinho.