Em um dos encontros de terça falamos sobre “pessoa de fora”. Hoje falamos sobre ser ou não ser da família. Tinha dito que me sentia pessoa de fora aqui em casa, porque moro com dois primos, mas não sou parente deles. Então, depois dessa reunião, falei pra eles desse meu sentimento de ser “de fora” e aí me perguntaram: qual a diferença? Respondi: vocês vão continuar primos independente do que aconteça.
Depois dessa conversa, achei que o Rafael ficou mais carinhoso comigo; mas, em relação ao Pedro, tenho sentido o contrário. Essa semana falei pra ele que eu era legal com ele, mas que ele não era legal comigo. Ele não deu muita bola e achei ruim, queria que ele tivesse se interessado. Depois disso ele não limpou o banheiro que a gente divide. Combinamos de revezar na limpeza, só que eu já tinha feito duas e queria que ele fizesse dessa vez, mas ele não fez e eu fiquei muito brava. Senti que ele me ignorou DE NOVO, como se fosse mais uma prova de que ele não se importa comigo.
Nessa onda de insatisfações e outras reflexões afins, falei com a minha irmã que queria morar com ela. Ela gostou da ideia e já marcou visita em um apartamento. Hoje usei o exemplo dessa minha irmã pra falar de “pessoa da família”, não só porque ela é minha irmã, mas porque sinto que não há barreiras entre nós.
Agora fiquei pensando que essa coisa de querer mudar de casa parece que estou querendo sair da casa que não sou familia, pra uma que eu seja familia. Será que é isso?