casar: azar x casa asa e ar

A crise dos 30 chegou adiantada aqui!

Sempre pensei que o casamento fosse uma fatalidade na vida das pessoas, no sentido ruim mesmo, como se fosse um azar.

Agora estou achando que casar pode ser fonte de segurança e estabilidade.

Acho que segurança e estabilidade eram conceitos que eu relacionava com prisão, não como algo fundamental e gostoso de sentir.

Em relação à faculdade, quando entrei no ano passado pensei “5 anos é muita coisa”. Me sentia angustiada com todo esse tempo de “espera” até me formar. Agora estou feliz que dura tudo isso, porque quero aproveitar cada ano. Também em relação aos meus colegas, que não estou podendo encontrar pessoalmente nesse período, fico empolgada quando penso que ainda temos muitos anos de aulas e estágios para fazermos juntos.

Conseguir projetar um período um pouco mais longo, no qual me vejo fazendo mais ou menos a mesma coisa, começa a ser algo reconfortante pra mim e não mais assustador.

Essa semana me peguei pensando bastante sobre ter uma família e se o fato deu morar com o Pedro e o Rafael me aproxima ou distancia dessa possibilidade. Ainda não cheguei numa conclusão, mas hoje consegui expressar pra eles essas minhas inquietações e me senti ouvida de coração para coração.

Eu não quero viver um dia de cada vez, como se fossem coleções de experiências desconexas acumuladas; eu quero viver o futuro em gérmen desde o presente, assim como a semente que vai dar em árvore já é a árvore, desde a semente.

Isso que é ficar velha?