Check Up 7

Hoje fizemos a recepção da Kayo chan na marmitaria, achei que foi uma recepção dessintonizada por parte da equipe.


Durante a reuniao de pesquisa pensamos como iamos fazer a recepção, mas na hora de falar isso para a Yoshikosan ela falou que queria fazer de tal jeito e eu cedi a maneira dela.


Durante a reunião de recepção com a Kayo eu disse amanhã vamos fazer assim e assado, mas depois veio uma mensagem da Yoshiko dizendo que conversou com o Nakai San e na verdade queria fazer a recepção da maneira que pensamos originalmente. Então eu falei para a Kayo o novo plano.


Hoje estava pensando de ela fazer de manhã até as 10hs da manhã, mas ao ela ir conversando com a Yoshiko San e Ushimaru San acabou fazendo ateh a hora do almoço e depois continuou fazendo agora a tarde o trabalho.


Que puta falta de sintonia nossa.


Enquanto o dia rolava e eu ia vendo a coisa desandar me dava vontade de colocar a culpa na YoshikoSan. Mas na verdade minha autonomia e clareza foram bem fracas.


Querer colocar a culpa nos outros é em si um sintoma de um estado de falta de autonomia minha neh.


Deixando de lado essa conversa sobre o local de trabalho de pessoas estranhas entre si eu fico feliz de estar com a Kayo e o Milton aqui na marmitaria.

Essa foto eh da reunião de como foi fazer hoje. 

Check Up 6

Hoje uma reunião que tive estava contando como está sendo fazer a reunião de check up da saúde.

Uma hora o Ono san falou até o Yoshi está falando bastante de seus exemplos, então eu ouvi isso e respondi: pode crer, em relação a antes ele está falando bastante.


Depois pensando qual foi o conteúdo da minha fala, foi algo como: esse cara nao ta eh falando nada ainda.


Foi uma reação de sentimento ruim em relação a ele, olhando ele como uma pessoa errada.

Desconfiar

  • vc tem algum dinheiro que eu tô sem?
    eu
    Sim. Algum. Pega lá na minha bolsa
    Ele foi pegar. Enquanto isso eu pensei:
    Ué … mas eu achava que ele tinha…
    Quando voltou ele disse: eu tinha .
    Eu:
    Sim, eu lembrava que vc tinha.
    Só que na hora que ele perguntou eu fiquei quieta e pensei: onde é que ele gastou?
    Pensei mas não falei. Me senti envergonhada de desconfiar.

Novidades do Japão

Vou copiar do Diego e mandar umas atualizações do Fe no Japão também.

Sábado passado foi meu último dia na marmitaria, por enquanto. Amanhã vou começar a ir na Suzuka Farm, onde o Leo também tá agora. Tive uma reunião-recepção hoje, pra colocar um pouco em linha o que ter em mente e pra onde seguir nesse novo ambiente.
Um ponto que me marcou na conversa foi sobre me tornar um homem. Uma pessoa. 一人前 (ichininmae), em japonês.
Acho que não é no sentido de “vira macho”. Escrevendo isso em português surge um sentimento de querer me proteger, querer explicar que não é uma expressão com cunho sexista e tals. Heh, rola um medo.
Deixando isso de lado, é me tornar alguém que consegue fazer um trabalho, alguém que se pode falar “deixo contigo” e eu respondo, “xá comigo”. Não por ser veloz, ágil, prático, eficiente. Acho que é no sentido de ser alguém que consegue se mover fazendo parte de um todo, tendo em mente como realizar o trampo como algo que tá ligado com o redor, não como só um serviço a ser feito.
Tipo enxergar o como colher as verduras não apenas pra terminar a colheita, mas tendo em mente o que vem antes, o que vem depois, quem tá ligado a isso, quem vai receber isso… Sei lá, é o que to achando agora e pode não ter nada a ver também.

Essa semana fui no Curso para Conhecer a Si, acho que é a 5ª vez. Os primeiros 5 dias foram, sinceramente, bem bosta. Mas aí olhei e pensei: pera, não sou eu que to vendo como bem bosta? Fiquei deixando os pensamentos só pra mim, sem botar na roda por achar que “não tá certo, não é a resposta, o grupo tá muito chato”. Aí conversei com o Takuki depois do almoço do 5º dia e deu um clique, não rola pesquisa pensando só consigo, ou melhor, pensando antes de falar. Daí pra frente fui tentando ir botando o que vinha em mente do jeito que vinha, sem pensar ou camuflar, ficou bem mais divertido e fomos indo mais fundo.

Um dos temas no Conhecer a Si é aquele “algo que não consigo fazer, ou que não consigo parar de fazer”. O exemplo pra mim foi “fazer as coisas, divertidamente, do jeito que o Gou-san (um tio lá da marmitaria) fala pra fazer”. Fiquei duro igual pedra imaginando fazer as coisas do jeito que ele fala, porque sempre acho o meu jeito melhor.
O exemplo foi esse, mas acho que tem algo muito maior dentro de mim de que “o meu jeito é melhor, é o certo”. Depende de coisa pra coisa, mas geralmente tenho uma baita segurança de que a minha percepção sobre o assunto é a certa e não consigo ouvir o que os outros pensam sobre aquilo. E não é só sobre como colocar a comida na marmita, é sobre a vida como um todo.
Quando eu era menor, tive umas vezes que pensei “o mundo inteiro podia ser Felix, aff”. Parece que esse estado continua um tanto quanto presente aqui.
Fiquei pensando, não estou vivendo de acordo com só a minha percepção das coisas? Tem gente com uma visão muito mais ampla, com muita vida vivida ao redor, pra eu ficar só fazendo as coisas do “meu jeito”. Agora, começando na Farm, como será que vou viver?

O que é o que?

Querer ser diferente. Querer que as coisas sejam diferentes
Estou cansada de cozinhar para três pessoas todos os dias.
No dia em que os netos vem…eu adoro mas é um trabalho para arranjar tudo no dia anterior, brincadeiradas no dia e arrumar tudo no dia seguinte.
Quem faz o que ?
Quem gosta do que ?
Quem cozinha ?
Quem lava a louça ?
Hj tô de saco cheio
Mas quando perguntaram como eu estava me sentindo, porque a cara não enganava, respondi que estava cansada mas eu estava era chateada.
Ou melhor triste por não sentir reconhecimento do meu trabalho.
Vítima

Agora,
Pensando melhor…fico me ocupando em servir (o que eu gosto e sei que agrado)
para não ter tempo livre para me ocupar de mim
Desenhar, pintar, brincar…
Essas outras minhas artes que eu gosto, podem desagradar aos outros (o que eu não gosto e temo)

Então eu propus alternativas para as funções da alimentação e limpeza da cozinha. E toparam e sugeriram algumas.

Fiquei mais leve.
As relações mais claras.
Quanto ao meu lazer, hum,
ainda não sei …

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