Eu mereço o que ?

minha nora me perguntou se eu queria ficar com um estrado de ferro de um futon que ela guardara num porão de uma amiga e teria que desocupar

eu entendi que era um tatame mofado, o tal estrado.

respondi que não me interessava e justifiquei

ela disse que eu não ia havia entendido bem a oferta.

Moral da história: eu percebo as coisas não como são mas como as minhas fixações as apresentam.

eu só mereço bagulho. ela quer se livrar, porisso me oferece.

na real ela só quer se desfazer de uma coisa e perguntou se eu quero ficar

Vitimização

Sonhei que estava numa escola de crianças pequenas e diante de uma parede muito grande de tijolos a vista que estava bamba. Eu cuidava para que as crianças não chegassem perto.

De repente surgiu um caminhão trazendo materiais , madeiras e coisas pesadas e ele bateu na parede e a derrubou. Como eu estava lá, me machuquei e fiquei gemendo sozinha. Ninguém me viu e ou me acudiu.

Eu fiquei com pena de mim e me disse: também, se vc sabia que a parede estava para ruir porque ficou ali?

o básico do básico

vamos pelo básico do básico
a prioridade número um:
inexistência absoluta do apego a si (complexos de superioridade-inferioridade, emoções de competição / emoções de ganha-perde / emoções de superior-inferior / emoções de confronto)

– como realizar isso?

sonho no aniversário

OBS: esse post não é sobre os temas de pesquisa, é só um relato do sonho dessa noite, para deixar no blog-diário-de-viagens o registro de um mergulho em águas abissais.   

Hoje é meu aniversário de 29 anos. Essa noite eu tive um sonho muito diferente dos que eu costumo ter. Eu nem era a protagonista do sonho, mas uma espécie de espectadora onisciente. Pode ser que eu estivesse identificada com o protagonista do sonho, que era um homem jovem, negro e malandro, do tipo que sabe se virar nas piores circunstâncias. E de fato, a circunstância no sonho era das mais terríveis. Por algum motivo, a população daquele bairro ficou sabendo que iria morrer. Não teria mais comida e todos iriam morrer, era só uma questão de tempo. Pessoas se reuniam para aguardar a sua hora, meio amontoadas, sem saber muito o que fazer. Alguns se organizaram em gangues e tentavam alguma agressão. Enquanto o protagonista usava os cabos de luz da rua para fugir de um grupo desses, um cara subiu na fiação e se soltou lá de cima. Ele não queria esperar pela morte. Aos que aguardavam, aconselhei que poupassem a energia não pensando muito, pois o cérebro consome muito açúcar. Uma garota me disse que sabia que estava bem, porque tinha feito um exame de sangue, então pensei que na verdade tinham roubado o sangue dela para a própria sobrevivência. Era o caos. Mas de alguma forma o protagonista foi seguindo e o cenário foi mudando. De uma favela apocalíptica, o bairro foi ficando mais com cara de classe média-baixa. Ruas mais largas e mais vazias, supermercados que pareciam galpões. A comida voltou. E voltou farta. Mas o protagonista continuou andando, reconhecendo esse novo território. Encontrou memórias da antiga escola da minha avó, uma espécie de museu recentemente habitado. Encontrou xícaras que supôs terem sido pintadas pelos alunos. Aquele espaço tinha um potencial ainda vivo, seria possível criar alguma coisa ali.