não se preocupe

Eu perguntei para o Fe “Esses ika fritos vão ser suficientes?”
Ele falou algo como “Não se preocupe”.
Eu senti uma resistência em relação à essa resposta.
Senti algo como insatisfeita.
Acabei falando algo como “Só quero ter uma ideia”.
Eu comecei a pensar sobre isso.
Pensei porque eu pergunto algo para uma outra pessoa se eu não quero antes de mais nada aceitar a resposta do jeito que ela vier
(Não é a primeira vez que eu penso isso, acho que o motivo disso é de tentar mudar a reação, em vez de querer conhecer o que está acontecendo comigo.)
Na hora fiquei mais tranquila, foquei mais no que as pessoas estavam falando, tentando mastigar primeiro, olhar como eu tinha entendido isso, o que será que a pessoas estava realmente querendo dizer…

No meeting dos kenshuuseis coloquei esse exemplo.
O Hiroya perguntou “Estava reagindo ao quê?”

“Acho que eu não me senti levado a sério, ou fui ignorada, fui desconsiderada.”
Consciência de vítima.

Num dos CDs do Naikan falam sobre isso:
Consciência de vítima.
Egocentrismo. Só penso em mim.
Dependência. Meu estado emocional depende se eu gosto das reações “dos outros” (falta de autoconsciência que eu reajo à algo de dentro de mim, como eu capto, e não o que vem do “outro”.)

= A semente da infelicidade.

Tem a ver com complexo de superioridade também = por isso me senti inferiorizada.
Eu reajo à algo que eu mesma faço, pois se eu falo “Eu não gosto quando me tratam assim”, é totalmente incoerente, pois o Fe falou “Não se preocupe”, nada além. Ele não me “tratou assim”.

O que será que acho de tão grandioso em mim que me leva a me sentir superior?
Acostumada desde criança de saber rapidamente falar a resposta certa.
Força física e saúde que me leva a crer que eu mesma faço as coisas sozinha.
Que ignorante, tola, boba, tonta….

O que me leva a me qualificar dessa forma?
Complexo de inferioridade?

Amanhã eu vou no Naikan e espero que através da pesquisa de como eu fui formada como pessoa eu consiga também enxergar mais sobre as origens dessas maneiras de pensar. Para viver uma vida com interesse no real de mim, no real da pessoa, nos meus verdadeiros sentimentos, nos verdadeiros sentimentos da outra pessoa. Viver no aqui e agora e usufruir da vida como ela é, sem resistência.