pergunto ou não pergunto?

Durante a montagem dos obentous fiquei com vontade de perguntar para o Diego se a quantidade da salada de nabo estava tranquila.
Fiquei naquele estado de “Pergunto ou não pergunto?”, “Qual seria o momento adequado para não atrapalhar o Diego?”
Pensei “É difícil de perguntar…”
E junto com esse pensamento já percebi que comecei a me sentir pesada, meio escura.
Neste momento fiquei de repente com vontade de olhar para isso.
Percebi que eu penso que é difícil.
Não tem nenhum problema com isso.
Eu percebo uma situação, capto ela, reconheço e interpreto: “É difícil”.
Assim eu penso. Eu penso assim.
É meu pensamento.
Mas não é algo real.
Não preciso me convencer que é melhor ou mais correto não pensar assim.
Eu posso pensar assim, é o meu jeito de interpretar esta situação, tem toda a minha história, as minhas experiências, os meus valores que eu juntei que contribuem para essa avaliação, mas não é a realidade.
Não existe motivo para ficar escura ou pesada por pensar e por pensar assim.
É reconhecer que eu penso e que eu penso assim e ver “como será que está na real?”
“Difícil” não é algo real, é um pensamento meu, que tem uma origem, ok.
Mas o que está acontecendo na real?

Como eu capto, como eu reconheço?
Estou conhecendo o meu pensamento?
Estou conhecendo o meu pensamento como um pensamento humano que capta e reconhece as coisas factuais e reais?

Sem conhecer isso, vou dando voltas sempre dentro da prisão que eu mesma crio. Caminhar ao léu.
“A expressão “caminhar ao léu” é caminhar sem rumo, vagar sem destino, sozinho.”
Ou ficar a mercê das próprias emoções = sendo levado pelas próprias emoções, perdendo a razão.