a partir das convenções sociais (minhas)

Hoje no bentouyasan, comecei a me sentir cansada e pedi para a Haruka ir para a casa descansar e depois voltar para a reunião. Ela pediu para avisar o Takemichi kun também.
Enquanto eu estava o procurando, mudou o horário da reunião e acabei ficando.
Quando eu saí do prédio para ir no quarto de reunião, cruzei com Takemichi kun. Ele estava como máscara, acenou a cabeça, falou rapidamente alguma coisa que eu não entendi e entrou no prédio.
Na hora senti o impulso de querer me justificar, de falar para ele: Não estou indo para a casa sem pedir a sua permissão, estou indo na reunião, tudo direitinho, ok?
Foi algo bem parecido da semana passada quando estava conversando com Fe na sala dos academy-seis e apareceu o Teruko san e eu senti “Droga, não é para eu estar aqui conversando com Fe sem “pedir permissão”.
Eu tinha falado sobre essa situação numa reunião dos kenshuuseis, senti profundamente que eu não quero mais viver desse jeito, com essas reações de medo, com este estado de alerta o tempo todo, e que para isso eu penso que preciso saber/conhecer o que está acontecendo comigo e na real.
Desde o começo desse programa de estágio Scienz pode se dizer que eu entendi o próprio intuito desse programa de uma forma equivocada.
Eu não estou sendo recebida pelas pessoas que preparam esse programa para obedecer elas, para cumprir ordens, para deixar os meus próprios desejos de lado (negando os, suprimindo os).
Desde o começo as pessoas falaram “Vamos conversar sobre qualquer coisa, não precisa pensar sozinha.”
Eu entendi “Não pode fazer nada sozinha, tem que conversar sobre tudo, e se não fizer isso, é aluna má.”
Junto com os cursos de Conhecer a vida humana e Realizar o Um, está ficando mais claro que não se trata de eu ou alguma outra pessoa melhorar, mas que o único intuito desse treinamento do método Scienz é de voltar à figura original, de voltar ao estado saudável e normal, o estado em conformidade com a razão.
Tudo que se manifesta como medo, desconfiança, tensão, sensação de inferioridade ou superioridade, impulsos de querer me proteger, de me preocupar com os olhos dos outros, é coisa que adquiri ao longo do tempo e não tem nada a ver comigo na minha forma original.
Eu lembro do trecho do livro 4:
“Entretanto, acredito que o conteúdo deste livro seria totalmente inaceitável se você o lesse a partir das convenções sociais e do senso comum de hoje.”
Então, o conteúdo dessa Sociedade Una que as pessoas estão tentando realizar aqui não é possível para mim ser entendido se eu olhar a partir das convenções sociais (minhas) e do senso comum (meu) de hoje…