pensar e tentar resolver por conta própria cansa muito

Tem um monte de coisas que eu quero fazer.
O que será que é esse querer/essa vontade/esse desejo?
Por exemplo eu quero ir no obentouya.
As vezes eu estou cansada, as vezes eu gostaria de ter um tempo para ler alguma coisa com calma, ontem aconteceu também de eu ficar irritada e sem vontade de ir, mas me convenci de ir.
Olhando para isso, penso que entre outras coisas eu me fixei no “eu tenho que aproveitar da oportunidade de conhecer esse local de trabalho onde se experimenta com uma administração baseada na conversa, aproveitar da oportunidade de experimentar e aprender, aproveitar da oportunidade de aprender sobre como construir essa sociedade, para me tornar uma pessoa capaz de fazer isso no Brasil, na Suíça…”
Será que eu olho para tudo isso não como meus desejos mas como coisas para fazer? Estar na “base de coisas para fazer”?
Provavelmente.
Eu me forço a fazer as coisas, sem olhar para o meu estado na hora. Bem ao contrário do que eu desejo. Eu dou um jeito nas coisas, sem olhar para meu estado. Não é no sentido de perguntar se eu quero ou não quero, se dá ou se não dá, é algo antes, muito antes.
Ontem na reunião dos estagiários coloquei que estava sentindo várias coisas durante o dia, e que eu queria colocar mais depois de ter ouvido os outros falando do dia deles. No fim acabou não dando tempo para eu falar. Hoje a Madoka do escritório da Escola Scienz me chamou para um mini-meeting, ela queria ouvir mais de mim. Eu achei isso muito lindo. Esse cuidado com o estado das pessoas me deixa bastante feliz e com esperança que é possível a gente construir uma sociedade baseada na livre vontade de cada pessoa, sem disfarces e mentiras.
Eu quero ir no Curso para conhecer a si no meio de mês com um espírito de pesquisar bem leve, bem gostoso, sem peso, nada.