Quando vim para cá estava buscando observar a mim mesma de forma mais ampla e profunda, para que assim pudesse conhecer melhor a mim mesma e com isso encontrar caminhos para o estado de equilíbrio que almejo.
Me sentia insatisfeita com a maneira como estou vivendo a vida e me relacionando com as pessoas.
A experiência do Encontro As One provocou diversos momentos internos que tornaram mais claros e fáceis os caminhos possíveis para o meu encontro com este estado de equilíbrio interno.
E também me permitiu perceber novas possibilidades na maneira de me relacionar com as pessoas.
Penso que estas outras possibilidades que eu sinto como mais harmônicas hoje para mim são consequência da mudança na forma de eu perceber o que é a realidade.
Também da forma como hoje acolho o que penso e sinto sobre mim mesma e sobre o que está fora de mim.
A consciência do que é o “bom” e “ruim” são apenas as percepções das experiências e não algo que eu deva ou precise me apegar para a experiência do viver, é libertadora. Faz alguns conflitos internos e externos mágicamente desaparecerem.
O estado de felicidade penso que é possível, mas em um processo, porque exige de nós o desapego de nossos aprisionamentos internos que não percebemos e entendemos.
Creio que essa percepção e compreensão vem das trocas humanas e do desejo de observar a si.
Todo esse movimento é, porém, um movimento que se expressa também na felicidade do outro e faz com que o sentimento de uma grande “família humana” se torne bastante tangível dentro de mim.
Dessa experiência com sete dias descobrindo formas essenciais de ver e viver, o que fica em mim de mais imediato é a consciência que nada mais será como antes.
Não sei dizer se isso é bom ou ruim, na verdade, penso e sinto que saber isso não é mesmo necessário.
Creio que a grande família humana feliz começa dentro de mim, eu me sinto feliz em escolher construir ela a cada dia. Sem respostas ou conclusões, o caminho para isso não é “fazer” ou “ter”, mas “ser”.
Daqui para frente é o caminho que procurarei trilhar.