Capoeira e faculdade

Sou capoera e estudante universitário, mas não sei fazer essa última função direito, ser universitário. É um aprendizado sim, mas é muito confuso. Durante dias seguidos eu sinto que estou evoluindo em termos de responsabilidade na facul, para do nada com apenas um comentário bem colocado ou um lembrete de obrigações que tudo desmorona. Parece que a fundação que estive construindo não passou de um forte construído em lençois e cobertas.

Me sinto perdido sobre o que fazer, se tento tapar um buraco outro aparece (que na verdade sempre esteve lã, só nãp havia percebido antes), e quando descanso, me distraio ou faço coisas que gosto parece que o barco começa a afundar, é bem estranho. Em cima disso sou amigo de pessoas, que já fizeram faculdade antes, acabo me comparando com elas e me sentindo uma batata incapaz. :l

Sendo capoerista eu sei jogar, cantar, tocar, e estou aprendendo diversas outras coisas. Mas ainda há muito de se aprender, convivo com outros capoeras mais avançados que eu, não me comparo com eles, eu aprendo com eles. Sendo capoera eu caio no chão com um sorriso e me levanto com outro. Não existe comparação só aprendizado.

Então sla são 1 da manhã e to cansado demais pra continuar escrevendo, mas acho que seria daora eu conseguir me livrar dessas minhas reações negativas e ver a faculdade como a capoeira, sendo tudo um grande jogo. Foi bom escrever, deu pra extravazar e lembrar de alguns avanços que já fiz.

Encontro Preparo Vipa Junho 10~12

Ontem depois do encontro o Caue dormiu aqui na vila, ficamos conversando até meia noite. Já tinha acumulado o cansaço do fds, de maneira que quando o despertador tocou as 6hs da manhã minha reação foi algo como “não acredito, quero dormir mais ainda”.

Estava com as conversas do fds na cabeça, estou em um estado de “conhecer” ou “já conheço”?

Primeiro eu aceitei aquele pensamento que me veio “quero dormir mais”. Deixei de lado o que eu “ia ou não fazer” e tentei olhar primeiro apenas para o sentimento.

“quero dormir infinito” foi o que me veio. Posso desligar o celular e continuar dormindo ou, posso enviar uma mensagem no grupo de trabalho para ver se tudo bem ir mais tarde ou, posso colocar o despertador para depois, etc. Esses eram todos “o que fazer”.

Ao aceitar a vontade de dormir e que podia fazer, comecei a poder ver que também tinha o sentimento de querer acordar e participar da reunião e fazer o trabalho. Tem algo quero fazer todos os dias aqui ao ir trabalhar.

Me veio que não preciso concluir que conheço se quero dormir ou levantar. Não preciso definir meu sentimento.

Ao ir olhando para esse eu, acabei despertando de manhã e fui trabalhar normalmente.

Acho que tinha o querer dormir, e tinha também o querer acordar. Foi interessante olhar para isso tentando deixar o “que fazer” e o “meu sentimento é esse!” de lado.