Falar como vem

Hoje fiquei lembrando do que a Marceline falou no encontro. Quando ela disse o que pensou dos “tios” vendo a live e aí ela disse que quis falar isso ali, pq esse é o ambiente de pesquisa. Pra mim fez muito sentido. O falar do jeito que vem, siginifica: não inibir a reação. Mas a gente pode confundir o falar do jeito que vem com: “deixa eu ser eu mesmo”, minha “liberdade de expressão “, “tocar o foda-se” . Coisas que são bem comuns agora nesse senso comum liberal-capitalista . Acontece que se eu só reajo e acho que estou sendo eu, fico cada vez mais distante de perceber minha reação e portanto meu desejo original. Por isso, que o espaço de pesquisa existe. Falar do jeito que vem ali, significa que você tem um ambiente favorável para se escutar, através da escuta do outro, das falas do outro, e de afirmar o que tá dentro agora. Pq só a partir desse lugar é que se pode encontrar o caminho de volta ao zero. Esses dias eu escrevi no caderno tudo que eu penso da pessoa que mora comigo que vinha me irritando, logo percebi uma semelhança enorme comigo. Não precisei falar na cara dela. É claro que no dia-a-dia as coisas saem sem a gente querer ou perceber, pq não estamos atentos, não estamos conectados com o que realmente desejamos, pq desse lugar, até falar coisas desagradáveis ou agressivas podem ser genuínas. No como falar a gente vai se moldando, e se enganando, pq não tá no como, tá em de onde vem..

1a semana jornada da escuta

Estava com saudades dos meets, porque sem conversar com vocês não me dá muita inspiração, nem pra escrever.. mas agora já deu vontade de vir aqui no blog de novo!

Estou morando com meu avô, mãe e padrasto, mas queria morar sozinha – por quê? Penso que sozinha conseguiria enxergar melhor e realizar mais as minhas necessidades e vontades. Me dá uma ideia de fracasso ter que me isolar para conseguir fazer isso. Talvez eu precise de um ambiente especial no começo pra depois conseguir fazer isso junto com outras pessoas. Quando estou aqui, fico mobilizada com as necessidades e vontades deles. Por exemplo, ontem tive aula até 22h30 e fui dormir depois das 00h. Meu avô sugeriu de treinar as 8h e eu aceitei, sabendo que estaria com sono. Então acordei as 7h para treinar com ele. A quadra estava molhada e tivemos que adiar, só que mais tarde começo minhas atividades de estudo – e agora? Esse tipo de coisa do dia a dia me gera um conflito interno… o que eu quero fazer (dormir e estudar) x o que meu vô quer fazer (treinar). Eu também quero treinar, mas não coloco isso como prioridade: primeiro dormir, depois estudar, depois treinar – nessa ordem. Minha sorte é que meu vô não força nada.