o certo e o errado

descobrir o que está certo
descobrir o que está errado
para saber o que preciso de fazer
nasce assim o “tenho que”
“tenho que” fazer o “certo”
“não posso” fazer o “errado”
encobrindo os meus sentimento,
escondendo os meus desejos originais.

há quanto tempo eu faço isto?
esta eterna armadilha.
a ficar preso no looping dos meus pensamentos,

a alternativa é tão óbvia
basta tentar ver como é na verdade
e o que eu realmente quero
há alguma coisa lá
encoberto
porque eu nasci com isso
todos nó nascemos com isso

Impressoes do Seminário

Embora eu tenha escrito autoconhecimento como uma das minhas motivaçoes para eu fazer o seminário, sendo sincero, não havia motivações para eu fazer o curso. Eu participei de várias Vilas Paraíso desde meus 11 anos, vir participar do Seminário As One parecia algo natural, pois tenho vontade de ser um irmão mais velho para as crianças, e para isso o seminario era necessário, eu via o evento talvez como uma espécie de pré-requisito e isso fazia eu me sentir incerto, fazendo eu pensar ´Será que eu deveria estar aqui?´ ou ´Será que é o momento de participar do Seminário?´, pois enquanto eu sentia que eu não possuía uma real motivação, meus companheiros possuíam motivos, intenções, e expectativas claras.

Decidi contar isso para demonstrar de forma concreta uma das minhas antigas maneiras de pensar, percebe-se a necessidade de haver um ´real´ motivo ou uma ´boa´ explicação para o porque de eu estar aqui. Na última frase utilizei as reticências, pois ao longo do curso usava essas palavras (real e bom) como se o sentido delas fosse algo universal e real, aprendi que isso ocorre com um vocabulário inteiro de palavras, usamos elas como se fossem a própria realidade. Dessa maneira eu tornava algo fictício em algo real, como uma corda que me impedia de experimentar o real

Outra coisa que impedia o sentir da realidade era o fato de eu tomar meus sentimentos e percepçôes como reais. Um belo exemplo disso foi em Maio de 2019, tive um episódio depressivo naquele mês e tive diversos conflitos e brigas com meu pai, na minha percepção ignorante eu senti que meu pai não me compreendia, não tentava me compreender, apenas me ataca, em momentos mais obscuros eu senti que não era amado, que falácia, a minha distorcida percepção da realidade me impediu de sequer entender o meu pai, isso fez com que eu não o amasse de volta e causasse cicatrizes que carrego até hoje. Eu o machuquei por causa da minha incapacidade, que imperdoável. Talvez seja legal fazer o Naikan.

Lendo o livro 1, infelizmente não lembro seu nome nem autor, em grupo fui capaz de perceber diversas coisas, dentre elas descobri a sabedoria humilde e simples de minha bá (avó materna) e mãe, diversas coisas que foram discutidas elas já diziam ou demonstravam em ações. Eu realmente sou abençoado. Ainda no assunto do livro descobri que eu me sabotava e como esses ´tenho que´s influenciam nisso. Aprendi que eu sempre escolhia o caminho mais fácil, porém sofrido, isso se dá desde o dormir mais 15 minutinhos na cama, mas não descansar verdadeiramente, pois minha cabeça estava continuamente no quanto tempo ainda tenho de sonequinha, preocupada em não se atrasar, outro exemplo foi decidir não estudar nos tempos de pandemia, mas se sentir inútil e invejar os amigos que estão na faculdade.

Além disso percebi que o ´tenho que´ fazer algo tem peso negativo, porque se tenho que fazer algo, esse algo precisa ser feito independente de como me sinto, como se eu fosse uma máquina, e não um ser humano, ou seja, só de pensar que ´tenho que´ a minha vontade se esvai, pois me torno uma máquina, mas sou humano e preciso dessa vontade para viver e fazer coisas. Resumidamente, aprendi apenas como que o nosso maior poder, a imaginaçao, pode ser também nosso maior gerador de problemas se esquecermos que nossa imaginação fica apenas na cabeça.

Com essas coisas tão importantes sigo minha vida junto da minha percepção menos ignorante, sabendo que ela é só da miinha caichola e com um respeito e amor maiores com aqueles que sou próximo, íntimo e familiar. Agora parando de flar sobre coisas diretamente relacionados sobre o Seminário, eu estou num processo de busca para descobrir o que quero na minha vida, vom para a Vila Yamaguichi pensando em ser professor, mas saio daqui pensando em morar e trabalhar aqui´, a idéia de trabalhar na roça me parece gostosa.

Aqui no Seminário As One eu aprendi graças aos meus amigos, que dinheiro não é a única forma de ser pago e sinto que trabalhando aqui e ajudando a criar u mundo sem conflitos eu serei presenteado com um corpo e mente saudáveis, uma segunda família próxima e íntima. Porém, sinto que é possível obter as mesmas coisas sendo um professor, é cedo demais para eu tomar uma decisão, eu nao estou na faculdade e não sei como é dar aulas, e também faço parte da Vila, mão sei como é viver e trabalhar aqui. Essa decisão não é minha para decidir no momento, mas a solução é clara e simples. Eu vou para a faculdade e descobrir como que é a vida aqui e continuar realizando os cursos e pesquisando mais.

Do fundo do meu coração, com extrema gratidão a tudo e todos que possibilitaram o Seminário, meus sinceros agradecimentos

Fuji