Essência 25

Trabalho, sociedade, vida comunitária, estou tentando melhorar as coisas, mas e sobre as relações humanas?


Recentemente nas conversas da academia sobre a lavagem de roupas, guarda-chuvas,etc Nestas conversas o que serah que estou dando importância?

“Em busca de uma sociedade verdadeiramente livre”

by Takashi Miki (https://www.facebook.com/takashi.miki)

A razão pela qual muitas pessoas estão sofrendo na sociedade atual é porque provavelmente, a sociedade está estabelecida e baseada na aplicação da força coercitiva de obrigar as pessoas fazerem (tem que fazer ! ) e impedir as pessoas fazerem (não pode fazer ! ).

Essa força coercitiva é internalizada na consciência do indivíduo pela educação, ela age de dentro para fora como uma norma social, tais como bom / mau, certo / errado, tem que fazer / não pode fazer, além disso age de fora para dentro as ficções coletivas tais como “dinheiro”, “propriedade”, “direitos”, “deveres”, “responsabilidade” e “troca”, além disso, vem por trás as coerções físicas como os castigos e punições, esta força coercitiva está sempre pressionando cada uma das pessoas, parece que a ordem social é mantida com a regulação exercida por coisas de fora e por coisas que já estão dentro através da desta série de forças coercitivas.

Está em atividade tentando expandir mesmo que pouquinho, a área de “liberdade” individual tanto quanto possível, nesta sociedade onde atuam estas forças coercitiva, não seria esta, a figura do indivíduo dentro da sociedade atual?

Dentro disso, alguns rastejam o máximo possível rio acima da força coercitiva que age de cima para baixo, tentando ganhar o máximo de “liberdade” individual possível, e uma parte das pessoas tentam repelir a força coercitiva que age de cima para baixo com a junção de pessoas, tentando obter a “liberdade” constituindo os coletivos. E a maioria dos demais desiste da força coercitiva como algo inevitável e vive os relacionamentos em compromisso com a “liberdade” a sua própria maneira.

Em qualquer um dos casos, parece ser uma atividade de conquista, confronto e concessão em relação à força coercitiva da sociedade. No entanto, a verdadeira sociedade livre, não seria alcançada pelo desmantelamento da estrutura da sociedade em si, que é estabelecida por estas forças coercitivas?

O núcleo dessa estrutura social que tem como base essa força coercitiva, não seria a revolução cognitiva da humanidade que conseguiu se tornar grupo social em grande escala pelo compartilhamento da ficção, de que fala Yuval Halari?

Chamamos isso de compartilhamento de ficção, mas na realidade, a partir do momento em que cada pessoa nasce e cai na sociedade, essa ficção compartilhada é ensinada por todos e por todas, às vezes secretamente, às vezes abertamente.

Ao compartilhar é elogiada, se não compartilhar é repreendida, fica fora da turma, dispensada e punida, cada uma das pessoas é criada na “base de doce e açoite”(recompensa e punição). Além disso, na maioria dos casos, na” boa intenção”, a coerção é herdada dos pais para os filhos e dos filhos para os netos, para que pudessem viver sem as inconveniências nesta sociedade. Por causa da camuflagem da “boa fé”, as crianças não tem outra alternativa e acabam aceitando “o doce e o açoite”(recompensa e punição), sendo incutida de que é para o bem dela mesma.

Como resultado disso, não apenas as palavras e ações, mas até o coração é suprimido e regulado pelos conceitos, ficção coletiva e pensamentos do ser humano, esta é a figura da sociedade atual, é o verdadeiro caráter da força coercitiva que penetra a base da sociedade, não seria essa a causa da sensação de asfixia na sociedade atual?

Sendo assim, não seria o primeiro passo para a sociedade verdadeiramente livre, a libertação de cada uma das pessoas, do domínio, da regulação do coração(mente), ação e palavras pelos conceitos ficção coletiva, do pensamento do ser humano, e provavelmente, o último passo?

Então, como é que vai ser libertado?

Ao observar como as palavras, as ações e o coração (mente) são regulados e suprimidos pela ficção coletiva, conceitos e pensamentos humanos, começamos enxergar a nossa própria figura que está voluntariamente se submetendo.

Além do “doce e açoite”, à medida que continuamos a receber pressão para a concordância, começamos enxergar que existem movimento do coração(mente) que tenta se proteger, submetendo voluntariamente a coisa que são consideradas senso comum da sociedade, tais como a regras, leis, sistema social, maneira de pensar, etc., ou então movimentos do coração(mente) que tenta obter vantagens a si, se submetendo ainda mais.

De conceitos sociais e sócio psicológicas tais como como bom e mau, responsabilidade, obrigação, direito, liberdade, sucesso, fracasso, esforço, justiça, injustiça, igualdade, independência, dependência, etc, até ficções coletivas e sociais tais como dinheiro, posse, troca equivalente, lucro, juros, tempo, etc, não estaríamos nos submetendo voluntariamente a coisas dadas pela sociedade, até mesmo nas coisas como o propósito de vida, a motivação de vida?

Por mais voluntária que seja, ela não passa de uma submissão, não seria este o verdadeiro caráter da compulsão que sentimos internamente, a fonte da força coercitiva e a causa da nossa asfixia?

No momento que consigo enxergar isso, isto é, quando conseguir enxergar a si próprio, amarrando a si próprio pela ficção social, então é-se livre, não é?

Não estaríamos redescobrindo o estado natural do nosso próprio nascimento?

O Método ScienZ é um processo de busca no qual você se torna ciente desse estado de “auto escravidão”, explorando e aprofundando uma série de questionamentos, de uma maneira livre e aberta num ambiente de grupo.

É por isso que chamo o Método ScienZ de “Zen do século 21”, seguindo o Zen que desenvolveu o caminho para o esclarecimento (iluminação) por meio de perguntas e respostas.

No entanto, mesmo despertos da escravidão auto imposta pela ficção social, a sociedade atual trabalha constantemente para que retornemos ao estado de submissão voluntária à ficção social.

A fim de criar uma sociedade verdadeiramente livre no meio de tudo isto, precisamos de um processo que reúna pessoas conscientes dos movimentos da mente que foram treinadas durante anos para submeter voluntariamente, e que vivem e convivem de uma forma verdadeiramente voluntária e autônoma.

A comunidade que cresceu a partir deste processo através de 20 anos de repetidas tentativas e erros é a Comunidade As One, que se mantém pela conexão aberta de pessoas autônomas na cidade de Suzuka com 200.000 habitantes.

Se usarmos uma analogia Zen, talvez possamos chamar de Sangha (grupo de monges) no século XXI.

Mas a Sangha do século XXI não tem crenças estabelecidas, não tem preceitos, não tem regras, nem tem filiação (membership). Não há fronteiras com o mundo exterior, as pessoas são livres para ir e vir como quiserem, não há líder, não há mecanismos de tomada de decisão.

A empresa de entrega de marmita “Ofukurosan Bento”, que apoia economicamente a comunidade, e a agropecuária “Suzuka Farm”, que tem cerca de 50 funcionários, ambas são operadas por meio de conversas mútuas, sem hierarquia ou regras.

Não há nada de especial nela, é uma vida natural, normal, humana sem esforço.

Sinto que as vidas das cerca de 150 pessoas que vivem ricamente, felizes e livremente nesta vida humilde e vulgar são o modelo para uma nova sociedade.

Esta é uma expressão abstrata, mas se assistir aos vídeos feitos por jovens do Brasil e da Coreia do Sul que estudam na Academia As One, penso que se pode ter uma noção mais concreta de como é.

As One Style: “Juventude” Parte 1 -Um desafio descontraído
https://www.youtube.com/watch?v=2DBmVDgFqw8

Penso que há muitas pessoas que querem melhorar não só as suas próprias vidas, mas também de alguma forma, o estado atual da sociedade.

A abordagem da construção de uma nova sociedade, que poderia ser chamada de Zen do século 21 e o seu Sangha, o Método ScienZ e a Comunidade As One podem causar talvez uma sensação de comichão, como algo que não aborda diretamente os problemas urgentes da sociedade de hoje, no entanto, penso que seja importante e interessante como uma abordagem experimental que está tentando superar a partir da sua causa fundamental, o impasse da sociedade moderna em que se encontra agora, a partir da expansão das conexões que se iniciou por meio da revolução cognitiva, de um pequeno grupo de 150 pessoas para uma sociedade global.

De qualquer forma, espero que muitas pessoas pesquisem de várias perspectivas como um experimento social único e, se você estiver interessado, acho que seria interessante experimentar o Método ScienZ.

Seminário As One
https://www.rede-as-one.org (Brasil)
http://www.rede-as-one.org/cursos/seminario-as-one/
http://as-one.main.jp/HP/seminar.html (Japão)

Uma imagem vale por mil palavras, por isso gostaria de convidar aqueles que estão interessados a visitar pessoalmente a Comunidade As One.

Passeios de experiência também são realizados regularmente.
AS ONE Experience Tour
http://as-one.main.jp/HP/tour.html (Japão)
https://www.rede-as-one.org/visitacao/ (Brasil)

Essência 24

Hoje de manhã fiz uma conversa por zoom com o Milton e o Alam.

Eu disse que queria conversar e marcamos um horário. Eu senti que eles estavam querendo pesquisar/olhar juntos para alguns assuntos, mas minha cabeça estava só no modo de fazer ou não fazer, no modo da ação e não do conhecer.


Qual relação quero ter com eles? Qual direção quero realizar?

Afinal aquela conversa em si, com qual objetivo eu marquei, eu não sei direito.


Quando falo em fazer juntos, o que é esse fazer juntos? Eh algo para se fazer, o que é isso?


Daqui um ano eu volto para o Brasil e acho que até lá não vai estar muito claro em mim essas questões, mas se conseguir ir fazendo se divertindo acho que tudo bem.


Eu falei brincando que o Ono san tava me mandando de volta sem entender direito a situação. O Sugie san disse então: ele tá entendendo que você tá assim agora e tá falando para ir mesmo assim.


Então bora!

Essência 23

Fico tentando ajeitar os fenômenos, a parte visível das coisas, mas como será que estou vendo essas coisas?


Coisa ruim, coisa que não pode ser, insegurança, insatisfação.


Afinal de contas qual o ponto de partida?


Se ficar focado nisso, para onde será que sou levado? Fico mantendo as coisas como estão?


O que será que existe além de tentar concertar os fenômenos?

Essência 22

A cabeça que fica pensando: o que será que deve ser feito? O que é o certo de se fazer?


Um estado passivo, meio que uma cabeça de estudante.


A cabeça normal: como desejo que seja? 


Será que funciona assim? um estado ativo?


Entrando nessa semana,

refrescando o tema: o que serah que estou dando importância?


Como desejo que seja?

Como faço para que se realize?


Será que consigo fazer o dia a dia assim?

objetivo

ser bem avaliado pelas pessoas
ser bem avaliado é um objetivo meu?
é um desejo meu verdadeiro?

me comparo a outras pessoas
sou melhor ou pior?

se tenho uma boa avaliação pelas pessoas fico contente
o mundo é maravilhoso, a vida é bela! (gargalhadas, kkkk)
ao contrário, o mundo é uma merda e a vida cinzenta (gargalhadas, kkkk)

o meu verdadeiro objetivo
o objetivo dentro de mim

cadê?

estou dando importância a o quê?

Essência 21

Quando ouço a conversa da outra pessoa, como está meu estado interno?


Mesmo tentando conversar, se estou tratando a pessoa como algo que nao tem relaçao comigo, a qualidade da conversa deve ser aquela coisa neh
O que penso sobre a pessoa e como será a pessoa de verdade?


Soh de tentar um pouco conhecer a pessoa, parece que mudou minha impressão sobre ela. 

Essência 20

Tem uma escola de brasileiros no fundo da marmitaria.


Outro dia ouvi uma conversa de que o Yoshida san pediu para o moço que trabalha na escola pintar a porta do depósito de lixo da marmitaria.


Hoje quando fui levar o lixo tinha um moço gordo pintando a porta, puxei um assunto em portugues e começamos a conversar.


Ele falou:
Tem um senhorzinho aí que eu não sei o nome que me pediu para pintar a porta aqui e eu fiquei com vontade de fazer. Vocês começam cedo aqui na marmitaria neh? Às vezes chego por volta das 4 da manhã e já sinto o cheiro bom de frango frito.


Conversamos por algum tempo.


Depois voltando para dentro da marmitaria contei essa conversa para o Fukadasan, que ficou com vontade de levar alguma comida gostosa para o moço. Vamos levar um frango frito lah para o Juliano.


Fiquei pensando o que aconteceu dentro do Juliano para ele querer pintar a porta. Ele ouviu o Yoshida san e surgiu esse sentimento nele. Qual o desejo/vontade que deve ter surgido dentro dele para ele se mover?


Na frente do depósito de lixo fica a área de fumantes, e até então era um lugar feio e sujo. O Yoshidasan, Nakaisan, Ondasas, ficaram encantados com o lugar e quiseram deixar mais arrumado, bonito, trocaram as cadeiras. O Juliano não sabia disso, mas será que ele sentiu alguma coisa desse sentimento nesse fluxo?

Essencia 19

Soh de pensar um pouco sobre isso, rapidamente lembro de varias situacoes que fiquei preocupado com alguem em algum momento, que fiquei pensativo sobre algo que alguem fez ou como a pessoa pareceu estar, mas mesmo tendo esse sentimento deixo isso de lado como se nao tivesse relacao comigo. Como se nao fosse coisa minha.

Outro dia na reuniao da marmitaria eu lembrei do Nakai san falando sobre a maneira de receber os fornecedores. Parecia que ele falava se colocando no lugar da pessoa. Parecia que ele falava da pessoa com o sentimento no lugar dela, a conversa era sobre outra pessoa, mas ele falava como se fosse um assunto dele.

Conhecer a pessoa, a pessoa se torna parte de mim.

Como serah esse `conhecer`?

Essencia 18

Quando penso que nao consigo fazer, que nao consigo ser, fico com o sentimento pesado.

Parece que estou fixando alguma coisa.

Essses dias, estou instavel.

Serah que estou fixando isso tambem?

Quando o sentimento estah pesado a inteligencia nao funciona direito.

Conhecer esse Eu tambem.