Hoje de manhã no trabalho eu vi uma pessoa fechando uma estante com um chute meio forte e isso me chamou a atenção.
Primeiro eu pensei qual seria a condição dessa pessoa? mas depois pensei que aconteceu alguma coisa e ela agiu assim. Pensei que tem uma maneira de ver que é o ambiente que está provocando isso nela.
Na hora da reunião de como foi fazer, saiu uma conversa sobre o refeitório da marmitaria.
Até outro dia o Fukadasan estava cuidando do ambiente, mas ele parou. Agora praticamente todos os dias conversamos sobre qual o refeitório que queremos ter, como queremos que seja.
Esses dois assuntos se conectaram na minha cabeça.
Dependendo desse refeitório qual ambiente que vai surgir? Qual ambiente que queremos criar?
Hoje de manhã eu pensei que se ao invés de eu ir tentar realizar algo eu tentar ir conhecer o que estava acontecendo naquele lugar, como será?
Como todo dia eu vou tentar fazer algo sem saber verdadeiramente o que estou fazendo, se eu tentar ir olhar objetivamente o que está acontecendo agora, talvez só isso já seja suficiente.
Quando observo as pessoas que tem um clima leve, não sinto elas em um estado de fazer fazer. Parece que não é algo de consciência, mas o coração já vai exalando esse ambiente.
Mesmo querendo ir em determinada direção, o estado de coração está em que base?
Todos os dias ao ir ao trabalho, na minha consciência estou tentando fazer/realizar alguma coisa (sociedade). Mas como está o conteúdo disso dentro de mim? Se for pensar ou falar surgem várias palavras e expressões, mas quanto que o conteúdo disso está claro dentro de mim?
Como eu não sei direito o que estou tentando realizar, eu não consigo reconhecer outras pessoas que estão tentando realizar algo parecido. Sendo assim, não consigo ter união com outras pessoas para esta realização.
Hoje de manhã fui com o Nakaisan fazer a renovação do meu visto, mas dentro de mim era uma coisa trabalhosa sem graça. Sendo assim, não foi uma hora que consegui muito me divertir.
Como não foi uma reação forte, na hora eu nem percebi esse meu estado.
Hoje revendo essa cena durante a reunião da tarde da leitura do livro 6 eu fiquei pensando: a partir desse meu estado me relacionando com o Nakaisan, com as pessoas que trabalham no local do visto, qual a influência que estou gerando neles? A partir desse meu estado qual sociedade estou criando?
Acho que para entender mais fácil eu divido as coisas do meu dia a dia entre trabalho, casa, refeitório, mas se for falar em realização na verdade não há divisão. Em outras palavras, o meu viver o que está a realizar? Parece haver várias barreiras.
Será que o conteúdo da sociedade a se realizar será que vai começar a ficar claro a partir de agora?
Hoje ao chegar na marmitaria fiquei sabendo pelo Kumaisan que o Satoshikun teve febre e não veio ao trabalho. Então não teria quem fazer o arroz.
Ao ouvir isso fui logo eu mesmo fazer, mas ao começar eu pensei que na verdade o que queria era realmente fazer a montagem das marmitas, então fui conversar com os mano da cozinha para ver como ajustar a parada.
Deu certo e fui fazer a montagem, mas como eles falaram que não sabiam direito esse manejo do arroz eu fiquei trabalhando encanado se ia dar certo ou não.
Também fiquei pensando se ia dar certo o preparo das verduras, que é o outro trabalho que o moço que ficou com febre normalmente faz.
Fiquei trabalhando com a cabeça cheia de preocupações. Mesmo com o tema da reunião de ontem: no que estou dando importância? vindo a mente, como eu não sei direito o que é realmente importante acabei fazendo o trabalho preocupado com várias coisas.
Pensando agora eu queria ter feito a montagem das marmitas podendo me concentrar nelas.
Durante a reunião de hoje do check da essência, saiu uma conversa sobre se cada um sabe o que realmente está querendo fazer.
Como eu quero que seja o trabalho, a relação com as pessoas, o eu??
Parece que esse tema tem relação com o tema de ontem sobre o que estou dando importância.
Hoje começou um novo encontro que se chama check up da Essência/Original.
Vai ser uma boa oportunidade para pesquisar todos os dias temas a partir das coisas que vi, ouvi, pensei.
Desta vez fazer com essas pessoas parece que vai ser bem interessante. Vão participar os jovens que fazem parte do grupo de prática do ScienZ. O pessoal que administra as empresas, a casa das crianças, a escola do ScienZ, etc.
Hoje vi no blog também o nome do Sakai San e fiquei empolgado em saber que ele vai participar também, será que vou ter a oportunidade de ler o blog dele?
Ao rever as coisas do dia a dia no trabalho e ao todo, poder me perguntar qual será a verdadeira sociedade, o verdadeiro ser humano, a verdadeira vida.
No final da reunião de hoje a Junna perguntou se ia ter algum tema de observação.
Então o Sugie san disse:
No dia a dia, no que estou dando importância?O que será que é realmente importante?
Depois de acabar osechi estou passando os dias bem devagar, suave.
Nestes últimos três meses passei os dias pulando de um programa para outro que eu mesmo estabeleci. Às vezes me sentia atarefado, às vezes não, mas foi uma coisa que deu vontade de fazer e fiz.
Tenho vontade de ter mais foco nas coisas essenciais durante as atividades do dia a dia.
Dentro de mim parece que trabalha um pensamento de que eu tenho que conseguir fazer por mim mesmo, mas esse pensamento parece não ser adequado à lei natural.
Acho que tudo começa a partir do estado de estar percebendo que são apenas minhas sensações, meus pensamentos.
Durante uma reunião com o Ono san saiu a programação de eu voltar para o Brasil e fazer la a partir do começo de 2022, achei bom ter essa programação. No começo me deu uma preocupação. O conteúdo disso é que acho que não estou pronto, que a sociedade no Brasil ainda não está pronta. Mas agora tenho vontade de tentar fazer la. Não existe nada além das pessoas que estão como estão. Acho que uma vez durante a reunião de check da saúde eu ouvi que: nunca estará pronto. Essa palavra fez-me sentir mais leve.
Toda vez que falo com minha mãe no telefone ela pergunta quando que volto. Quero tornar uma pessoa que consegue ouvir o sentimento dela nestas conversas.
Como estudante da academia acho que os próximos serão meus últimos 4 meses.
Veio uma mensagem no grupo de zap do Econtro As Ano turma C que na reuniao dessa semana cada um apresentaria um Kanji (uma letra com significado) que representasse este ano. Quando eu vi isso me veio a palavra pessoa (人 – hito) .
Nao eh sobre essse ano, mas a palavra pessoa me veio a mente porque estavamos trabalhando na marmita especial do final de ano (osechi).
Desta vez na producao meu trampo foi ficar olhando o geral da producao, vendo quanto que estava avancando, como que estavam as pessoas. Foi uma oportunidade muito especial que me deram de ficar nesta posicao de trabalho.
Durante o processo de fazer nao tinha muito tempo na minha cabeca para pensar muitas coisas, mas no dia 30 quando ficaram prontas as primeiras levas, ao ver aquela marmita em um instante me veio todo o processo de producao que acompanhei ateh entao e rolou uma emocao.
Durante 4 dias, mais ou menos 40 pessoas colocaram seu carinho, amor e energia para produzir aquelas marmitas. Eu pude acompanhar esse todo de pertinho apenas olhando. Esse acumulo de forca energia se manifesta atraves do osechi (marmita).
(na verdade soa estranho chamar aquilo de marmita, vou chamar de osechi mesmo).
Colocamos um preco em dinheiro para vender o osechi, mas ao olhar para aquele processo, para as pessoas me parece impossivel atribuir um valor em dinheiro para aquele resultado.
Se for pensar agora talvez todas as coisas sejam assim, mas foi facil de sentir desta vez com o osechi.
Juntar a forca de todo mundo e conseguir fazer o osechi eu pensei que eh uma coisa incrivel.
Estou escrevendo isso aqui por que nao consegui ir na ultima reuniao apresentar meu tema, mas queria que todo mundo soubesse o que pensei quando vi.
