Experiência de Estágio As One – 17° Dia (mundo real)

Hoje decidi chegar atrasado no trabalho e tomar café da manhã. Na realidade não existe problema, visto que problema é percepção humana. Mas mesmo assim o fiz me sentido meio apressado, fiz o café da manhã e o comi na pressa. Quando encontrei o Diego no trabalho fiquei o observando por um tempo a fim de discernir se ele estava bravo ou relaxado comigo e assim decidir se realmente tudo bem chegar atrasado no trabalho.

Se Diego fizesse cara de bravo não estaria nada bem, se fizesse expressão calma estaria tudo certo. Parece que naquele momento a minha interpretação da realidade estava baseada na minha interpretação sobre como eu achava que o Diego se sentia em relação a mim, e a realidade mesmo em si passou despercebida.

Mesmo tendo olhado pra mim mesmo e ter percebido que quero café da manhã antes do trabalho, ainda não foi um estado de foco verdadeiro a realidade, pois mesmo sentindo minha vontade naquele momento eu ainda o fiz como se talvez estivesse fazendo algo errado. Talvez em um estado de atenção plena ao real eu teria feito e comido meu café da manhã sem sentimentos de pressa e cautela.

Terminei de ler Momo e o Senhor do Tempo hoje, alguns minutos atrás pra ser exato. Um mundo em que as pessoas deem atenção ao real, nas suas vontades genuínas e nas vontades genuínas das outras pessoas. Um mundo onde todas as pessoas tem todo o tempo do mundo para viver e fazerem o que querem.

Me parecem iguais essas interpretações, assim como bem reais, pelo menos mais reais do que a minha própria interpretação do mundo. Como será que seria viver percebendo o mundo dessa forma?

Experiência de Estágio As One – 15° e 16° Dias (modo de pensar formado)

Hoje é dobradinha, pois ontem minha cabeça estava cheia de pensamentos ao ponto de que não estava conseguindo organizá-los em escrita, hoje eles terminaram de assentar um pouco, aí já da pra escrever um pouco.

O cerne da questão sobre o que rolou dentro de mim dentre ontem e hoje foi justamente perceber um modo de pensar que está relativamente fixo na minha cabeça. Agora tentar escrever esse modo de pensar vai ser meio osso..

É um estado de que tem que estar tudo bem… quero dizer… não pode ter problemas. Acho que é algo assim, mas não exatamente assim… Tipo assim, problemas inevitavelmente surgem (talvez na realidade não exista problemas realmente, nós que decidimos criá-los e agir de acordo), mas na hora que eles surgem em algum lugar da minha cabeça eu me acho/me sinto responsável por parte do problema e imediatamente quero tentar resolvê-lo

Acho que é mais por aí… Assim, percebo problema, me vejo como responsável, quero resolver. E assim… Vai ser foda tentar escrever isso tb… Hmmm… Então, essas coisas acontecem na minha cabeça certo, se elas são da minha cabeça, não é a realidade em si ou como as coisas realmente funcionam, mas no momento que o problema surge, dado ao meu modo de pensar que se desenvolveu eu olho pros meus pensamentos sem perceber e acho que to resolvendo a realidade. Saca?

Tipo, ao invés de olhar pra realidade, como de fato estou me sentindo, o que realmente quero fazer, olhar para as pessoas em si envolvidas no dito problema e tentar perceber o que de fato elas querem. Ao invés de fazer essas coisas, devido ao como que foi formado meu modo de pensar eu acabo focando no que eu acho que o problema é (já começa por justamente perceber a realidade em si como problema), e no como devo resolver esse suposto problema que percebi/criei.

Acho que é meio por aí o principal das brisas de ontem e hoje. Junto disso tem outras observações do meu modo de pensar como “é óbvio que tem que fazer o bem, é oque se espera de todos” e aí nisso eu passo a fazer o que entendo como “bem” por obrigação e medo, e não tanto por vontade genuína. Sendo assim da pra realmente dizer que é bem de verdade se na base ta sendo motivada por dever/medo? E sendo assim…. Como será que seria uma ação considerada boa, mas que foi motivada apenas por desejos genuínos? A imagem que me veio é de pai e mãe cuidando do filho quando ele se machuca e da uma sangradinha.

Experiência de Estágio As One – 14° Dia (galinhas e estado de medo)

Hoje montei uma dar partes de madeira que compões o ninho com o Diego, abastecemos o tanque de sorgo que tem na oficina e por último alimentamos as galinhas. O que realmente me chamou as atenção hoje foram as galinhas do galpão 5.

Por uma miríade de fatores as galinhas do galpão 5 são mais reativas, assustadas, achei bem interessante esse estado de alerta que elas aparentem estar. Porque elas reconhecem que em torno das 14 horas vão receber ração (elas se juntam perto da porta do quarto), reconhecem as pessoas que vão dar ração (talvez não me reconheçam como indivíduo Gabriel, mas parece que entendem que humano às 14 hrs vai dar ração), e entendem que quando entro no quarto com o saco de ração eu vou botar ração nos cochos, mas mesmo assim parecem ter medo de mim.

Quero dizer a galinha sente fome, percebe/reconhece todas essas coisas que significam comida, percebe os eventos que significam uma coisa positiva (comer comida e ter menos fome), mas mesmo assim tem medo, não chegam perto de mim , como disse anteriormente quando chega perto das 14 horas elas já estão juntas perto da porta do quarto delas, mas assim que abro a porta e entro no quarto todas elas se dispersam, meio que fugindo de mim. Acho engraçado/curioso esse estado de alerta/medo das galinhas, ela percebe coisas que gosta, percebe que sou eu que vou dar a ração e mesmo assim tem reação de medo, parece não se sente segura ou não percebe segurança.

Enfim chega de falar de galinhas, as galinhas pra mim foram uma demonstração prática do que pode ser considerado um estado de alerta, insegurança ou medo. O que impede disso também acontecer com seres humanos né?
Um estado de coração do ser humano que não percebe as coisas que tem na realidade e foca apenas nas coisas que percebe na cabeça.

Me lembro que em 2019 teve um período no início do ano em que eu brigava muito com meu pai, chegou a acontecer de ter briga sete dias consecutivos. Me lembro de nessa época ter pensamentos como “Não tem como meu pai me entender, afinal passo a grande parte do meu dia fora de casa.”, e de fato eu saía de casa antes do meu pai acordar e voltava pra casa lá pelas 19 hrs e ia dormir as 23 mais ou menos.

Mas o lance é justamente esse, eu tinha esses pensamentos negativos de julgamento sobre a situação que me encontrava, mas durante o processo todo eu não percebi da segurança que meu pai me fornecia, do amor de pai que meu pai me fornecia ao seu modo. Todos os dias mesmo brigados meu pai fazia a janta pra nós dois, sempre cuidou de mim a minha vida toda, sempre me forneceu os bens materiais necessários. Mas nesse estado de conflito em que me encontrava eu prestava atenção apenas nos pensamentos gerados pela minha cabeça, não via o real em si, não percebia as ações que meu pai fazia por mim e esquecia das coisas que já fez por mim.

Tenho vontade de estar/ter um estado de coração mais calmo e relaxado, assim tendo foco nas coisas reais, nas minhas vontades reais e no meu pai em si, diferente de prestar atenção nas ficções da cabeça, nas vontades fictícias e no pai que criei na minha cabeça. Acho que se eu estivesse nesse estado de prestar atenção no real e nas coisas que tem (como segurança, pai que me ama, janta todo dia e etc.), eu não teria brigado tanto e tantas vezes com meu pai. Ter um estado de coração pra ter segurança de expor pro meu pai minhas vontades como ta e recebe/aceitar de coração as reações do meu pai.

Experiência de Estágio As One – 13° Dia (sensação trabalhar de domingo é chato)

Então… Hoje é domingo né? Geralmente domingo é o dia de mais descanso pra maioria das pessoas né? Pelo menos sempre meio que foi assim pra mim…
Pelo menos sempre foi assim até hoje, hoje fui trabalhar as 07:30 da manhã…

Mas dramas a parte foi uma experiência interessante, mas antes de ir pras vias de fato do tema que quero falar sobre hoje eu preciso reforçar, realmente da um certo incomodo ao me lembrar que sai da cama as 7 da manhã em pleno domingo pra trabalhar, acho que o choque disso foi maior do queu imaginava hahaha

Enfim como expressei melodramaticamente antes, acordei cedo pra ir trabalhar, e realmente deu um certo incomodozinho. Mas o que achei interessante é que teve uma hora que pensei “É… não quero ir trabalhar…. to com essa sensação… mas é só uma sensação, ela surge ué… Mas e aí como será na real? Vamo ir vendo como vou me sentindo.” e nisso ainda tava achando meio chato ir trabalhar domingo de manhã, mas essa sensação não me arrastou nem atrapalhou meu foco/intenções no trabalho

Quero dizer, percebi que esse “nossa que chato trabalhar agora” é só uma sensação e que tudo bem ela surgir, assim como sendo uma sensação ela é diferente da realidade. E ter percebido essas coisas me permitiu focar um pouco mais na realidade, deixando de lado essa emoção negativa e não sendo arrastado por ela.

Imagino eu que isso talvez seja algo mais próximo do estado de pesquisa simples que conversei ontem com Kayo e Milton. Apenas observei a sensação que surgiu ao ter que ir trabalhar domingo de manhã, não tive que fazer nada. E devo dizer que foi um dia de trabalho gostoso, terminou mais cedo do que imaginava, pois estava focado no trabalho e é bem gratificante isso.

Conversamos sobre outras coisas legais como o que é esse estado de querer ser “reliable” ou tanomoshii (頼もしい) para as outras pessoas e como é esse estado de querer que as outras pessoas me vejam como “reliable” (confiável tb serve, mas soa um pouquinho diferente). Mas não vou escrever sobre isso, pois deixaria o relato extremamente longo, até amanhã!

Experiência Estágio As One – 12° Dia (pode fazer nada?)

Hoje foi bem gostoso fazer nada, só descansar e dps dar ração às galinhas, na reunião com a Kayo e Milton comentei que com frequência nos cursos de pesquisa eu tenho dificuldade de discernir se eu estou realmente pesquisando ou se estou fazendo masturbação mental, acha que está observando/pesquisando, mas na real está gerando apenas ficções em cima de ficções. Nisso foi um bagulho muito doido, a Kayo-san me disse que tudo bem fazer nada, foi difícil ouvir isso e aceitar, quero dizer, como assim posso fazer nada na pesquisa e não pesquisar?

E aí eu comentei que é difícil fazer nada, e nisso ela me devolve dizendo “Mas vc não fez nada o dia inteiro?” e de fato, eu estava fazendo nada o dia inteiro de maneira natural e relaxada, e tava adorando. Sendo assim por que é diferente com a pesquisa?

Nisso Milton comentou que pra ele no momento pesquisa é algo que acontece de forma bem simples, só observando que vai surgindo, que no meu entendimento já é algo bem diferente das elucubrações que faço na minha cabeça pra tentar entender se estou me pesquisando/observando ou se estou fazendo masturbação mental (ficar ficcionando motivos por trás do acontecimento de outras ficções).

Me pergunto como deve ser fazer curso de pesquisa no estado de pesquisa simples, que tipos de coisas será que surgiriam? Como será que é fazer pesquisa estando com o coração saudável? Como será que é fazer pesquisa estando num estado de felicidade durante o curso, ao invés de fazê-lo buscando sensações de felicidade?

Inveja de gatos?

Outro dia o Fuji falou que tinha inveja de gatos, mas hoje depois do almoço eu vi os dois nessa cena e até que achei bem parecidos. Hihihi

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Experiência Estágio As One – 11°Dia (nova armadilhazinha de pesquisa)

Descobri uma nova armadilhazinha que acontece e que na real ela já existe faz um tempo. Fazendo vários cursos eu inconscientemente eu comecei a perceber palavras chave, assuntos que trazem mais interesse, tudo isso sem perceber o que realmente acontece. Quero dizer, eu mesmo de maneira consciente uso essa armadilha sem perceber, uso ela e acho que realmente estou me observando.

E bem como ela se deu? Como descobri?

Bem basicamente na reunião da tarde assuntos que me chamaram atenção ao eu olhar pro meu dia foram surgindo e eu fui observando as coisas que iam surgindo dentro de mim, e com isso a roda de reunião/pesquisa ia rolando. Tendo inclusive comentários do Diego e Alam aprofundando a pesquisa/conversa.

Nem lembro mais quais foram esses assuntos, mas o que me chamou a atenção de verdade, e me levou a perceber essa armadilhazinha foi uma pergunta que Diego me fez, foi algo como “Tem algo do dia, convivendo lá em casa, no refeitório, que fez surgir tipo ‘gostaria de fazer diferente’?

Na hora não lembrei de nada, mas foi uma pergunta que genuinamente gerou interesse de pesquisar, daí foram surgindo coisas como ouvir os passos do Diego de manhã gera uma coisinha, não saber se tiro uma soneca ou faço uma social depois de almoçar e assim por diante. Mas o lance real.

Mas o lance real é justamente esse, tem coisas do dia a dia que nem paro pra perceber, coisas que me incomodam de maneira bem pequena e sútil, mas penso serem normais, daí na hora de procurar coisas para conversar ou observar, de maneira inconsciente eu acabo indo em coisas que sei que são interessantes, vão gerar assunto e em algum nível me interessa também, acho interessante ou curioso. São exemplos do meu dia a dia que demonstram o quão estranho é a lógica de funcionamento do cérebro humano

Só que na real na real, esses exemplos não chegam a ser verdadeiras pesquisas sobre mim mesmo, são mais anedotas que demonstram em algum nível como que tá, mas fazendo isso sem me colocar realmente como objeto de pesquisa. Finalizando não acho que isso seja algo de errado e que tenho que evitar a todo custo, isso acontece ué (inclusive acontece nas sessões de psicanálise), só acho que não é legal chamar essa armadilha de pesquisa e agir como se fosse, pode atrapalhar um pouco o foco da pesquisa .

Relato da experiência de Estágio As One – 10° Dia (comparações e quem quero ser de verdade)

Hoje conversei com a Miliane, uma funcionária daqui e mãe de um antigo amigo meu da Vila Paraíso, durante a conversa ela me disse que Renan, seu filho, já esta morando sozinho, terminou o técnico e tá pensando em fazer uma facul pública em alguma engenharia acho.

Ao ouvir essas coisas eu automaticamente comparei a minha vida à vida do Renan, e é sobre esse tema que a nossa reunião da tarde que tenho com Diego e Alam circundou e é isso que tenho vontade de relatar aqui agora.

Como disse antes eu comparei a minha vida a do Renan, inevitavelmente eu me senti mal e senti que “estou atrasado na vida”, afinal ainda estou sendo sustentado pelo meu pai, já estou em faculdade pública e não moro mais com meu pai, mas essas coisas ocorrem graças ao meu pai que me banca. O que me incomodou era justamente isso, ainda estar sendo sustentado elo meu pai, mas percebo que no fundo não é exatamente isso que me incomoda, já tenho bem claro pra mim que eu gosto de não trabalhar e poder focar somente na facul, que por sinal é integral.

Conversando na roda fui percebendo algumas diversas coisas, coisas como talvez a raiz do incômodo seja um senso de cobrança desenvolvido ao longo da vida, que tem como base a noção de fazer meus pais orgulhosos, algo como se não for de acordo com esse senso eles não vão ser orgulhosos.

Outras coisas que surgiram desse tema é a história de figura do ser humano, que ainda não sei o que é exatamente. Mas sobre quem quero ser de verdade, pessoas que nos inspiramos e temos como norteadores de nossas ações, as vezes conscientes e as vezes não, mas o lance é que quem nos inspiramos pode nos fornecer dicas de quem realmente queiramos ser. Pessoalmente ainda não sei quem me inspira ou se tem alguém nessa posição dentro da minha cabeça.

Ainda nesse tópico o que posso dizer que ocorre aqui dentro é que parece que quem quero ser muda de acordo com o ambiente que me encontro, se estou no treino de capoeira eu quero ser um grande capoeirista, se estou na faculdade eu quero ser o estudante perfeito…
Mas percebo que a vontade de querer ser grande capoera pode ter vontade de ser isso, mas também rola um querer receber atenção e elogios do professor de capoeira, ser motivo de orgulho.

Ao longo da conversa Diego disse que parece meio primal/natural nos inspirarmos em alguém, tipo filho pequeno olhando pro pai, e Alam tb disse que tem impressão de que essa coisa de buscar atenção nas diferentes coisas da vida parece ser reação de querer suprir uma falta que teve. Ambas as coisas ditas fizeram sentido pra mim.

Experiência Estágio As One – 9°Dia (fui chamado de fraquinho por um outro “fraquinho”)

Hoje o dia foi meio engraçado, “tomei” um “Que tal ele, que é mais fraquinho, fazer essa atividade” com direito de dedo apontando e tudo, e ainda foi de um senhor da terceira idade que na minha visão deve ser mais fraco que eu!

Bom pra contexto hoje veio um carregamento de 300 sacos de farelo de soja, 50kg cada um (acho), colou uma galera pra ajudar e em determinado perguntaram/pediram pra esse senhor, o Alemão, ir ajudar o Lucas a embalar e organizar os pallets que tinham terminados de serem carregados, e foi nesse momento que a famigerada frase foi proferida em relação ao meu ser.

Na hora me veio uma reação de conflito, logo de cara me veio um pensamento de “Aeh? Então vem na queda de braço aqui pra ver quem é fraquinho!”, depois disso veio um “melhor não fazer cena aqui, pega mal” e por fim eu percebi meu lugar, e realmente pra essas pessoas que fazem isso algumas vezes ao ano por diversos anos, eu devo ser visto como fraquinho, ainda mais quando sou meio magrinho e geral lá era parrudo (com a exceção do Alemão).

Mas observando essas reações com mais calma eu percebi que na real eu vinha me sentindo inseguro com minha performance no trabalho, sentia que mais atrapalhava que ajudava, a fala do Alemão só confirmou isso. Daí me senti bem inseguro e acho que tentando/querendo resolver essa sensação, eu quis me provar forte, pois se sou forte essas sensações ruim somem e Alemão estaria errado, e daí surgiram a reação de confronto.

Gostaria de conseguir fazer todo esse raciocínio que fiz com calma de maneira automática, ou pelo menos que esse modo de pensar seja tão bem exercitado que eu consiga exercê-lo na hora que as reações e sensações surgissem .

Experiência de Estágio As One – 8°Dia (31/01)

Não sei muito bem por onde começar a escrever sobre o dia de hoje, foi incrivelmente gostosinho, aconchegante. Foi um dia melhor do que a vida de gato de madame. Para um pouco de contexto tenho dois gatos e tenho um pouco de invejinha deles, eu vejo eles podendo passar o dia todo deitado no sol ou no sofá e enquanto isso eu to batalhando no dia a dia com ansiedade e venho aqui nos cursos fazer um intensivo pra quem sabe chegar um dia que eu também me permita ficar deitado no sol ou no sofá que nem meus gatos fazem. E bem ontem foi uma das primeiras vezes que conscientemente percebi que ser humano eu gostei mais

No trabalho hoje comecei a trabalhar com Lucas, fez o Conhecer a Si comigo, ao longo do dia fui me comparando a ele durante o trabalho, comparando se eu fazia melhor ou pior e com isso ia surgindo sentimentos de superioridade ou inferioridade. Se eu fazia melhor eu tava fazendo certo, me sentia bem e o ego inflava, se fazia pior eu tava fazendo errado, me sentia mal e o ego murchava muito. Como será que funciona esse mecanismo de comparação?

Observando o que ia surgindo durante a roda de conversa a tarde quando falamos sobre esse tema, era que parece que isso é um mecanismo que aprendemos e internalizamos ao longo de nossas vidas. Posso dizer que aqui dentro parece que esse mecanismo surgiu como forma de entender o mundo e entender o meu progresso em alguma atividade, mas também me parece duas coisas diferentes me comparar pra entender o progresso e o julgamento que ocorre de melhor/pior.