Impressões 21o Seminário As One – Yara

Eu estava com saudades de vir à Vila e à Escola. Antes de chegar eu não sabia ao certo o porquê de estar fazendo o curso novamente mas algo me dizia que seria bom retomar “the basics”.

Ao chegar percebi como era fundamental refazer o Seminário para observar mudanças e perceber mais pensamentos fixos. Com o passar dos dias fui explorando o que me segurava em mim como “tenho que ser honesta”/”não é certo mentir” ou o porquê de eu não gostar/não cumprir com combinados (esse ainda sinto que preciso olhar com calma). O que me leva a reagir a ideias opostas as minhas tais como questionar situações longe do meu alcance como pessoas que matam por prazer. Tenho meu “é isso” tão enraizado em “não é problema meu” ou “pensar em morte não leva a nada” que acabei me enraivecendo com um simples questionamento.

Penso que só em estado de observação profunda consigo chegar mais próximo da minha essência. Quando por ‘any’ motivos esqueço/me desprendo das ilusões de fronteiras entre eu e o mundo, tal como quando observo a natureza sem sentimentos de conflito ou emoções negativas.

Sim, estou colocando no texto palavras chave do curso para me relembrar quando ler de novo no futuro. 😬😬

Acho interessante notar que estou primeiramente escrevendo notar que estou escrevendo este texto a lápis num caderninho que trouxe. Sem nenhum compromisso na escrita. Sinto que ainda tenho coisas a trabalhar sobre minha dificuldade de escrever, mas cada vez que venho é como se um cadeado se abrisse e vai ficando mais e mais leve, fácil. Também notar que estou escrevendo de noite antes de dormir ao invés de deixar para amanhã como faria anteriormente nos cursos, sempre de última hora. Por que será que desta vez estou escrevendo sem dificuldades? Será que meu medo de ser julgada se esvaiu? Ou está esvaindo… Qual ou quais os meus “tem que“s ou “não posso“s que eu me apego?

Sinto que me apego muito ao individualismo. Sempre que quero defender meus “é assim” quando o desejo original é estar conectada independente dos meus ‘ideais’ (ideias fixas usadas como mecanismos de defesa do meu ego).

Desejo ter uma relação sem sentimentos de superioridade e/ou inferioridade com todos a minha volta. Sem me sentir distante ou acreditar que estou sozinha.

Meu maior desejo é estar em paz e ajudar outros naturalmente, sem deveres ou regras mas que isso aconteça sem esforços heróicos ou dores magnificentes. Começarei com minha mãe e assim, de pouco em pouco, ganhando segurança, expandir essa relação íntimo-familiar com outros, sem medo de ser “EU”, sem divisões de “pessoa estranha” ou “outros“. Quero viver feliz.