O que aconteceria se eu fosse radicalmente honesta comigo mesma?

Se eu pudesse assumir pra mim mesma o que eu tô sentindo e sentir…

Se eu pudesse contar pra mim mesma os meus piores julgamentos que faço de mim

Se eu pudesse assumir como eu me enxergo e não como eu gostaria que eu fosse

Se eu pudesse revelar as crenças mais sem lógica que me acompanham

Se eu pudesse aceitar que tenho todos os preconceitos e marcas estruturais desse sistema em mim

Se eu pudesse encarar de frente todos os meus medos

Se eu pudesse assumir os sonhos que eu tenho vergonha até mesmo de colocar na minha carta de intenção 

Se eu pudesse afirmar os pensamentos mais perversos que me atravessam

Se eu pudesse aceitar que na real eu não sei o que é verdade de verdade

Se eu pudesse deixar que algumas partes minhas possam se expressar mesmo que elas não correspondam à imagem que eu crio para as pessoas

Se eu pudesse só aceitar, só assumir, só afirmar, só olhar, só acolher

Sem precisar resolver, sem precisar expor, sem precisar criar soluções, sem precisar fazer nada com isso

Só me encarar cruamente no espelho

Só testemunhar 

Só ficar presente na minha presença

Me escutar sem barreiras

O que aconteceria?

impressões seminário as one

17o Seminário AS ONE – MAIO/2020

Querido Universo,

Hoje é o último dia do “meu” primeiro Seminário AS ONE. Acordei agora, 5 da manhã, feliz e feliz e feliz de estar viva, estar presente, estar aqui.

Quando cheguei, esperava por mudança. Mudança essa que eu sentia nos irmãos mais velhos e pais da Vila (Paraíso). Acho que começo a entender dentro de mim tal mudança e como gosto de chamar, ‘estado de espírito’, mas que nem isso tenho certeza na escolha de palavras e termos. De qualquer forma, tudo o que experienciei aqui é um grande presente que enche a alma, talvez neste caso podemos chamar de essência, com algo mais puro que a ilusão da ‘vida em que vivemos’.

Houveram tantas descobertas feitas durante esta semana que mal sei por onde começar… Vamos do início então (início aquitempo em que ficamos mas pode mudar).

Primeiro, antes mesmo de chegar aqui teve o início do dia. Acordei turbulenta pois “não ia dar tempo” e para lidar com este sentimento, procurei por uma conexão familiar, uma amiga. O dia foi… Fuji passou em casa para me buscar. Comemos e chegamos fisicamente aqui. Logo após apresentações, onde estava me questionando a tudo e todos, já fizemos o exercício de dois círculos que sem um papel em cima eram diferentes, mas com o papel, eram iguais. Naquele momento eu pensei em coexistência como um todo mas agora refletindo isso inclue a cada um de nós, sendo diferentes dependendo do contexto mas iguais na essência.

Depois, fizemos um exercício/atividade (aqui estou usando ambas palavras como sinônimos) de escuta. Vimos e ouvimos uma entrevista e através do exercício ficou claro que a escuta é interna mais que externa. Tudo está em nossas mentes e isto foi reforçado ao longo da semana.

Sinceramente, houveram tantos penamentos, sensações, emoções durante a semana que me sinto incapaz de citar um cem ávos do que se passou dentro de mim. Em especial, talvez, foi a certeza que preciso mudar meus mecanismos, pensamentos. Não separar eu do ‘outro’ e ver a conexão constante. Não comparar-me ao outro. Sair desta mentalidade separatista com ênfase no ‘superior e inferior’, ilusões criadas e como que soliificadas no mundo atual em grande parte.

Penso que a partir das diretrizes do Método ScienZ, serei capaz de aos poucos ir me aproximando de minha essência e da essência do todo, junto também da Rede As One.

Acho que por hora é isto que consigo pensar e aplicar como escrita mas procurarei continuar anotando, escrevendo, refletindo, aplicando, desenvolvendo tudo o que foi trabalhado aqui.

Gratidão, gratidão, gratidão, por tudo que levou a esse momento presente.

Presente! O presente tempo e presente dado- faz sentido?… Aah..

Até a próxima, com muito carinho,

Yara Cabral-Seixas

Vila Yamaguishi, Seminário AS ONE, 5 de Junho de 2021.

o certo e o errado

descobrir o que está certo
descobrir o que está errado
para saber o que preciso de fazer
nasce assim o “tenho que”
“tenho que” fazer o “certo”
“não posso” fazer o “errado”
encobrindo os meus sentimento,
escondendo os meus desejos originais.

há quanto tempo eu faço isto?
esta eterna armadilha.
a ficar preso no looping dos meus pensamentos,

a alternativa é tão óbvia
basta tentar ver como é na verdade
e o que eu realmente quero
há alguma coisa lá
encoberto
porque eu nasci com isso
todos nó nascemos com isso

Impressoes do Seminário

Embora eu tenha escrito autoconhecimento como uma das minhas motivaçoes para eu fazer o seminário, sendo sincero, não havia motivações para eu fazer o curso. Eu participei de várias Vilas Paraíso desde meus 11 anos, vir participar do Seminário As One parecia algo natural, pois tenho vontade de ser um irmão mais velho para as crianças, e para isso o seminario era necessário, eu via o evento talvez como uma espécie de pré-requisito e isso fazia eu me sentir incerto, fazendo eu pensar ´Será que eu deveria estar aqui?´ ou ´Será que é o momento de participar do Seminário?´, pois enquanto eu sentia que eu não possuía uma real motivação, meus companheiros possuíam motivos, intenções, e expectativas claras.

Decidi contar isso para demonstrar de forma concreta uma das minhas antigas maneiras de pensar, percebe-se a necessidade de haver um ´real´ motivo ou uma ´boa´ explicação para o porque de eu estar aqui. Na última frase utilizei as reticências, pois ao longo do curso usava essas palavras (real e bom) como se o sentido delas fosse algo universal e real, aprendi que isso ocorre com um vocabulário inteiro de palavras, usamos elas como se fossem a própria realidade. Dessa maneira eu tornava algo fictício em algo real, como uma corda que me impedia de experimentar o real

Outra coisa que impedia o sentir da realidade era o fato de eu tomar meus sentimentos e percepçôes como reais. Um belo exemplo disso foi em Maio de 2019, tive um episódio depressivo naquele mês e tive diversos conflitos e brigas com meu pai, na minha percepção ignorante eu senti que meu pai não me compreendia, não tentava me compreender, apenas me ataca, em momentos mais obscuros eu senti que não era amado, que falácia, a minha distorcida percepção da realidade me impediu de sequer entender o meu pai, isso fez com que eu não o amasse de volta e causasse cicatrizes que carrego até hoje. Eu o machuquei por causa da minha incapacidade, que imperdoável. Talvez seja legal fazer o Naikan.

Lendo o livro 1, infelizmente não lembro seu nome nem autor, em grupo fui capaz de perceber diversas coisas, dentre elas descobri a sabedoria humilde e simples de minha bá (avó materna) e mãe, diversas coisas que foram discutidas elas já diziam ou demonstravam em ações. Eu realmente sou abençoado. Ainda no assunto do livro descobri que eu me sabotava e como esses ´tenho que´s influenciam nisso. Aprendi que eu sempre escolhia o caminho mais fácil, porém sofrido, isso se dá desde o dormir mais 15 minutinhos na cama, mas não descansar verdadeiramente, pois minha cabeça estava continuamente no quanto tempo ainda tenho de sonequinha, preocupada em não se atrasar, outro exemplo foi decidir não estudar nos tempos de pandemia, mas se sentir inútil e invejar os amigos que estão na faculdade.

Além disso percebi que o ´tenho que´ fazer algo tem peso negativo, porque se tenho que fazer algo, esse algo precisa ser feito independente de como me sinto, como se eu fosse uma máquina, e não um ser humano, ou seja, só de pensar que ´tenho que´ a minha vontade se esvai, pois me torno uma máquina, mas sou humano e preciso dessa vontade para viver e fazer coisas. Resumidamente, aprendi apenas como que o nosso maior poder, a imaginaçao, pode ser também nosso maior gerador de problemas se esquecermos que nossa imaginação fica apenas na cabeça.

Com essas coisas tão importantes sigo minha vida junto da minha percepção menos ignorante, sabendo que ela é só da miinha caichola e com um respeito e amor maiores com aqueles que sou próximo, íntimo e familiar. Agora parando de flar sobre coisas diretamente relacionados sobre o Seminário, eu estou num processo de busca para descobrir o que quero na minha vida, vom para a Vila Yamaguichi pensando em ser professor, mas saio daqui pensando em morar e trabalhar aqui´, a idéia de trabalhar na roça me parece gostosa.

Aqui no Seminário As One eu aprendi graças aos meus amigos, que dinheiro não é a única forma de ser pago e sinto que trabalhando aqui e ajudando a criar u mundo sem conflitos eu serei presenteado com um corpo e mente saudáveis, uma segunda família próxima e íntima. Porém, sinto que é possível obter as mesmas coisas sendo um professor, é cedo demais para eu tomar uma decisão, eu nao estou na faculdade e não sei como é dar aulas, e também faço parte da Vila, mão sei como é viver e trabalhar aqui. Essa decisão não é minha para decidir no momento, mas a solução é clara e simples. Eu vou para a faculdade e descobrir como que é a vida aqui e continuar realizando os cursos e pesquisando mais.

Do fundo do meu coração, com extrema gratidão a tudo e todos que possibilitaram o Seminário, meus sinceros agradecimentos

Fuji

Intercâmbio seminário

Ouvindo o pessoal que fez o seminário, lembrei muito do tokkou e dos primeiros outros cursos que fiz.. em todo encerramento eu chorava muito, porque não queria ir embora. O pessoal que mora no sítio subia pra ir pra casa e eu queria ir também.. mas eu ia “embora”.. era só pegar a rodovia e já estava de novo no mundão!

Com o tempo, isso foi mudando… penso que existem pessoas com a mesma intenção, querendo montar o ambiente adequado para fazer a pesquisa que já é em si a sociedade carinhosa. Assim, mesmo pessoas em lugares diferentes, tendo a mesma intenção, sinto que estão perto de mim. É um sentimento aconchegante de pertencimento e desenvolvimento mútuo.

E além disso, não precisa ser especial, não precisa ter nenhuma qualidade em especial. Pessoas comuns fazendo coisas comuns: que interessante!!!

Reunião final do seminario deles

Gente! Morri!

Pode ser a tpm ou pode ser apenas essa bolha de amor gigante que existe envolvendo todos nos que buscamos viver de amor, sermos nos mesmos que buscamos viver e estar em um mundo amigo mas eu me emocionei de mais na reunião de hoje, desde que entrei até o final…cada fala, cada olhar foi um respiro de esperança e de amor que preencheu o coraçãozinho (tanto que to até escrevendo no blog)

Que delicia ver o Fuji e a Iara falando, que gostoso conhecer o Piero pela telinha e a mãe não mentiu…. ele realmente parece ser uma pessoa incrivel.. e que rico ver duas pessoas totalmente desconhecidas se tornando parte dessa nossa grande familia

Gratidão por ter participado desse momento

Beijos de Luz