“Curso para posicionar-se no Zero” – 28/junho a 4/julho de 2020

A pessoa que verdadeiramente consegue passar sua vida com alegria
A pessoa que vive uma vida sem amarras.
Uma vida sem nenhum tipo de fixação.
Uma vida baseada na realidade, uma vida sem nenhum tipo de resistência.
Uma vida sem falta, sem reclamação, sem ansiedade, sem crítica, sem apreensão, sem preocupação.
Uma vida feliz e alegre em qualquer que seja a situação, em quaisquer que sejam as circunstâncias.
Uma vida de leveza mental e física.
Uma vida saudável.
Uma vida sem nada torto, forçado, artificial.
Uma vida humilde, modesta.
Uma vida que realiza o objetivo inerente.
Uma vida baseada na verdade, na razão, no princípio.

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Ao contrário disso, 
a pessoa pequena, uma pessoa orgulhosa, uma pessoa que anda sozinha, uma pessoa que confia no próprio pensamento, uma pessoa parada no tempo, uma pessoa que se torna obstáculo para o princípio se realizar, uma pessoa que joga a própria vida fora, uma pessoa que vive uma vida limitada, estreita, apagada.

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Me deram essa oportunidade de participar do Curso para posicionar-se no Zero.
Dentro de um cotidiano simples convivemos em cinco pessoas, sendo guiados pelos temas pelo Sato san.
Senti às vezes saudade da casa. Mas também me senti aparentemente preenchida e segura pelas coisas que tinha. Me parece que por um lado tem uma força trabalhando para se ajustar ao que tem, mas também tem o lado do pensamento que se submete, que se convence a suportar as condições, sem entender direito a fonte da própria vontade.O que me move? Sem enxergar direito a própria vontade porque está camuflada pelos pensamentos que facilmente e sem querer se tornam fixações, certezas. Como isso é possível? O único jeito de saber parece que é observar o próprio pensamento, achar as distorções e tentar voltar ao estado normal. Nada disso é possível de se fazer sozinho. Precisa da honestidade pura, nua e crua para poder ver como viu, como ouviu e como reagiu. Só colocando para fora que existe a possibilidade de enxergar o mecanismo. Se eu muitas vezes sem nenhum tipo de estranhamento me machuco eu mesma com as reações aos meus próprios pensamentos, como eu vou poder enxergar sozinha o que está acontecendo comigo? Enquanto vai camuflando, embelezando, auto-explicando as próprias reações não existe a possibilidade de escapar das armadilhas da fixação, da obstinação, da teimosia, da obsessão.

Com um pouco só de entendimento da falsidade de fazer com o próprio pensamento, surge a vontade de trocar com os outros. Mas ainda é muito fraco isso dentro de mim. Foram muitos anos de andar sozinha, de julgar com o meu próprio pensamento, sem consultar os outros, baseado no próprio critério. 

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Tudo bem do jeito que está.
Tudo bem fazer o tanto que é possível fazer agora.
Em outras palavras, não existe nada que tem que ser feito. Não existe nada que tem que ser feito de um determinado jeito.

Tudo isso é pensamento humano.
Tudo bem as pessoas e eu falarem o que falam.
Tudo bem as pessoas e eu pensarem o que pensam.
Tudo bem as pessoas e eu fazerem o que fazem.

Não existe nada que é determinado na base do pensamento de nós seres humanos.
As coisas são como elas são.
Não tem como eu saber como são. Somente existe a minha percepção das coisas.
Realmente é intrigante pensar na causa da falta de interesse no “como será que são as coisas na real?”
Tudo bem também não ter interesse no como será que é na real.
Enquanto vai se esforçando, tentando “ser algo” não vai adiantar, de qualquer jeito.

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Para mim, acho que essa semana foi bastante reveladora no sentido de estar em um ambiente humano e físico de muita tranquilidade e simplicidade, assim penetrando essa soltura/sem fixação para dentro de mim como o ar e a água. Mesmo se eu me rebelar contra tudo isso, a força do original é vai trabalhando continuamente dentro de mim. 

A minha existência quer florescer como todos os outros seres. A minha existência quer realizar aquilo que está na origem dela. 
No momento ainda estou bem longe de tudo isso. Mas talvez muito mais perto do que eu possa imaginar. 

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Como será que era o sentimento da Marceline? [11/07/2020]

Ontem a noite eu estava tomando uma cerveja e conversando com a Jon In.

Uma certa hora a barriga roncou e eu fui abrir a geladeira, tinha um bolo lá. Estava escrito: de Marceline para o pessoal da Academia. Falei com a Jon In: bora comer!! e comemos o bolo. 


Depois no outro dia eu pensei: estava escrito para o pessoal da Academia, mas qual era o sentimento da Marceline em relação a isso?

Como será que ela queria que esse bolo fosse comido?

Acho que quando ela comprou o bolo ela deve ter desenhado alguma coisa: quem vai comer, em que oportunidade vai comer. 


O eu naquele momento apenas comi porque queria comer.


Como está escrito que é para o pessoal da academia e eu faço parte desse pessoal eu interpretei que tudo bem eu comer. 


Eu sou livre para comer o bolo, tudo bem comer o bolo, mas como será que era o sentimento da Marceline sobre isso?